Tornado no Paraná é um dos mais letais da história recente do Brasil

O tornado que atingiu o Paraná nessa sexta-feira (7) é um dos mais letais da história recente do país. O fenômeno deixou mais de 750 feridos e ao menos seis mortos, incluindo uma adolescente de 14 anos.

Segundo o governo estadual, o município de Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul do estado, foi um dos mais atingidos, com cerca de 90% das casas e residências comerciais destruídas.

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De acordo com a MetSul, o fenômeno que atingiu o estado registrou o maior número de vítimas fatais no país desde o tornado que atingiu a cidade de Antônio Prado, no Rio Grande do Sul, em 11 de dezembro de 2003.

Na ocasião, oito pessoas ficaram feridas e cinco morreram, incluindo quatro crianças. Na cidade, 102 residências foram danificadas e 719 pessoas foram diretamente afetadas pelo tornado.

Tornado mais letal do Brasil

Em 1991, a cidade de Itu, em São Paulo, foi atingida pelo tornado mais intenso já registrado no Brasil, classificado como F4 na escala Fujita, com ventos que chegaram a 300 km/h.

O fenômeno derrubou um obelisco de 100 toneladas, arrastou veículos por cerca de 700 metros e provocou 15 mortes.

Tornado no Paraná

Imagens aéreas feitas por drone mostram ruas cobertas de destroços, casas demolidas e estruturas completamente destruídas em Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná. O município amanheceu praticamente irreconhecível após a passagem do fenômeno.

Na manhã deste sábado (8), o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), decretou estado de calamidade pública em Rio Bonito do Iguaçu. O decreto permite acelerar o envio de recursos e o atendimento emergencial às famílias.

O governo federal também anunciou o envio de ajuda humanitária. Segundo o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, equipes já estão mobilizadas para prestar socorro aos municípios atingidos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou o envio de uma comitiva ao interior do Paraná, formada pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, o ministro interino da Saúde, Adriano Massuda, e o diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Desastres (Cenad), Armin Braun.