PF investiga fraude de R$ 7 milhões em FGTS de jogadores; ex-Cruzeiro está entre as vítimas

Operação Fake Agents III apura participação de advogada e de funcionários da Caixa Econômica Federal no Rio de Janeiro

PF investiga fraude de R$ 7 milhões em FGTS de jogadores; ex-Cruzeiro está entre as vítimas

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (13), a terceira fase da Operação Fake Agents, que investiga um esquema de fraudes em saques do FGTS de jogadores de futebol, ex-jogadores e treinadores, no Rio de Janeiro.

De acordo com as investigações, o grupo formado por funcionários e ex-funcionários da Caixa Econômica Federal e pela advogada Joana Costa Prado Oliveira, acusada por jogadores e dirigentes, é suspeito de desviar cerca de R$ 7 milhões em valores pertencentes às vítimas.

Conforme a PF, os agentes bancários mexeram nos benefícios de jogadores como o peruano Cueva, que já passou por São Paulo e Santos; Ramires, ex-meio-campista da Seleção Brasileira e do Cruzeiro; o equatoriano João Rojas, que também atuou pelo São Paulo; Raniel, que jogou por Vasco e Santos; e Titi, zagueiro com passagem pelo Vasco e que atualmente defende o Goiás.

A fraude era comandada pela advogada, que usava contatos em agências da Caixa Econômica Federal para facilitar o levantamento irregular dos recursos. A profissional teve a carteira da OAB suspensa. Em agosto deste ano, o técnico Oswaldo de Oliveira chegou a acusar Joana de se apropriar de mais de R$ 3 milhões.

Nesta fase, os agentes da PF cumprem quatro mandados de busca e apreensão, sendo três em residências de funcionários da Caixa, nos bairros da Tijuca, Ramos e Deodoro, e um em uma agência da estatal no Centro do Rio.

Como as investigações começaram

As investigações começaram após um banco privado denunciar à PF uma possível fraude em uma de suas agências. Segundo o relato, uma conta foi aberta com documentos falsos em nome de um jogador peruano, que teve R$ 2,2 milhões desviados do seu FGTS. Esse jogador, no caso, é Paolo Guerrero, que jogou por Corinthians, Flamengo e Internacional.

A operação é coordenada pela Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários (Delefaz) da Polícia Federal no Rio, com apoio da Área de Inteligência e Segurança da Caixa.

Os suspeitos poderão responder por falsificação de documento público, estelionato e associação criminosa, além de outros crimes que possam ser identificados no decorrer das investigações.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.
Diana Rogers tem 34 anos e é repórter correspondente no Rio de Janeiro. Trabalha como repórter em rádio desde os 21 anos e passou por cinco emissoras no Rio: Globo, CBN, Tupi, Manchete e Mec. Cobriu grandes eventos como sete Carnavais na Sapucaí, bastidores da Copa de 2014 e das Olimpíadas em 2016.

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