Criminosos do CV transferidos para presídios federais somam quase 500 anos de condenação

Sete chefes do tráfico deixaram Bangu 1 em operação do governo do Rio após ataques e megaoperação no Alemão e na Penha

Criminosos do CV transferidos para presídios federais somam quase 500 anos de condenação

O governo do Rio de Janeiro realizou, nesta quarta-feira (12), a transferência de sete chefes do tráfico ligados ao Comando Vermelho (CV) para presídios federais. Juntos, os criminosos acumulam penas que somam quase 500 anos de prisão.

Escoltados, eles embarcaram em aviões da Polícia Federal (PF) no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, no Galeão. Os detentos estavam em Bangu 1, no Complexo de Gericinó. A operação foi uma resposta aos ataques registrados no estado após a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha.

As condenações dos sete líderes do CV incluem tráfico de drogas, homicídio, formação de quadrilha e outros crimes. Durante a transferência, cerca de 40 policiais do Grupamento de Intervenção Tática (GIT) participaram da escolta até a pista do aeroporto.

Imagens divulgadas pelo governo do estado mostram o momento em que os criminosos foram retirados das viaturas e formaram uma fila na pista antes do embarque com destino ao presídio federal de Catanduvas, no Paraná. De lá, eles devem ser encaminhados para unidades federais em Mossoró (RN), Campo Grande (MS), Brasília (DF) e Porto Velho (RO). O governo não informou quando a nova transferência será realizada.

“A transferência dessas lideranças criminosas reflete o nosso compromisso com o fortalecimento das políticas de segurança pública e com a adoção de medidas concretas para interromper a atuação de organizações criminosas a partir do sistema prisional. É uma ação estratégica para preservar a ordem pública e assegurar a tranquilidade da população fluminense”, afirmou o governador Cláudio Castro.A Secretaria Nacional de Políticas Penais informou que a operação desta quarta foi a maior já realizada em número de presos sob custódia federal. Ao todo, foram 66 custodiados de alta periculosidade transferidos.

“A ação foi conduzida de forma técnica e integrada pela Secretaria de Administração Penitenciária, garantindo o equilíbrio do sistema prisional e a segurança da população fluminense. Essa integração das forças de segurança é fundamental para preservar a estabilidade do sistema e reforçar a presença do Estado”, destacou a secretária Maria Rosa Nebel.

Veja quem são os presos do CV transferidos:

Os sete presos transferidos, que juntos somam 428 anos, 6 meses e 21 dias de condenação, são:

  • Arnaldo da Silva Dias (“Naldinho”) – 81 anos, 4 meses e 20 dias / era administrador da “caixinha” do CV;
  • Carlos Vinicius Lírio da Silva (“Cabeça de Sabão”) – 60 anos, 4 meses e 4 dias / da comunidade do Sabão, em Niterói.
  • Eliezer Miranda Joaquim (“Criam”) – 100 anos, 10 meses e 15 dias / Chefe na Baixada Fluminense.
  • Fabrício de Melo de Jesus (“Bicinho”) – 65 anos, 8 meses e 26 dias / de Volta Redonda e faz parte da comissão da facção.
  • Marco Antônio Pereira Firmino da Silva (“My Thor”) – 35 anos, 5 meses e 26 dias / Do Morro Santo Amaro e faz parte da comissão da facção;
  • Alexander de Jesus Carlos (“Choque”) – 34 anos e 6 meses / Traficante do Complexo do Alemão;
  • Roberto de Souza Brito (“Irmão Metralha”) – 50 anos, 2 meses e 20 dias / do Complexo do Alemão;
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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.
Diana Rogers tem 34 anos e é repórter correspondente no Rio de Janeiro. Trabalha como repórter em rádio desde os 21 anos e passou por cinco emissoras no Rio: Globo, CBN, Tupi, Manchete e Mec. Cobriu grandes eventos como sete Carnavais na Sapucaí, bastidores da Copa de 2014 e das Olimpíadas em 2016.

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