A Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça, confirmou nesta quarta-feira (12) a transferência de sete lideranças do Comando Vermelho do Rio de Janeiro para presídios federais de segurança máxima. A operação foi executada pela Polícia Penal Federal, em cooperação com autoridades fluminenses, sob um esquema rigoroso de segurança.
A medida ocorre após a megaoperação do estado fluminense contra a presença do comando nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro. A ação resultou na morte de 121 pessoas - sendo quatro policiais.
Com a medida, o Rio passa a ser o estado com o maior número de detentos sob custódia federal, totalizando 66 presos, todos ligados a organizações criminosas de alcance nacional, como o Comando Vermelho. Somente em 2025, 19 novas inclusões foram feitas no Sistema Penitenciário Federal (SPF).
Os criminosos deixaram a Penitenciária Laércio da Costa Peregrino, em Bangu, e seguiram escoltados até o Aeroporto do Galeão, onde embarcaram em um avião da Polícia Federal. O destino dos presos não foi informado por razões de segurança.
A transferência foi autorizada pela Justiça do Rio de Janeiro e envolve alguns dos criminosos mais perigosos do estado, todos com longas penas de prisão. São eles:
- Roberto de Souza Brito (Irmão Metralha) – condenado a mais de 50 anos;
- Arnaldo da Silva Dias (Naldinho) – mais de 80 anos;
- Alexander de Jesus Carlos (Choque ou Coroa) – mais de 30 anos;
- Marco Antônio Pereira Firmino (My Thor) – mais de 35 anos;
- Fabrício de Melo de Jesus (Bichinho) – mais de 65 anos;
- Carlos Vinícius Lírio da Silva (Cabeça de Sabão) – mais de 60 anos;
- Eliezer Miranda Joaquim (Criam) – mais de 100 anos de prisão.
Segundo a Senappen, o sistema penitenciário federal adota os mais altos padrões de segurança do país. Cada preso ocupa cela individual, permanece 22 horas por dia em isolamento e é monitorado permanentemente por policiais penais federais e câmeras de vigilância.