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Ônibus quase vazios: medo toma conta de quem viaja de BH para o Rio após megaoperação

Motoristas dizem só embarcar por trabalho e relatam “trauma” com tiroteios na capital fluminense

O prédio da Rodoviária de BH é de estilo modernista e já foi considerado um dos maiores terminais da América Latina

Após a operação mais letal já registrada no estado do Rio de Janeiro — que deixou mais de uma centena de mortos — o impacto chegou também à Rodoviária de Belo Horizonte. Os guichês de ônibus com destino à capital fluminense estão praticamente vazios, e quem não conseguiu cancelar a viagem embarca com medo.

O motorista de caminhão Ricardo Fabiano Guimarães conta que só está indo por obrigação profissional:

“Por livre e espontânea pressão do patrão, porque eu não queria ir. Vou só entregar o caminhão e voltar pra casa. O medo sempre tem, né? Já presenciei tiroteio na Avenida Brasil, tive que me esconder. É um trauma que a gente não quer reviver.”

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Outro viajante, Jairo Nunes Ferreira, também caminhoneiro, está a caminho do Rio, mas com receio:

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“É uma cidade maravilhosa, linda, mas o histórico de violência assusta. A gente espera que as coisas se acalmem até lá. Quem vai de fora, vai com medo mesmo.”

Apesar da preocupação, parte dos passageiros segue viagem, ainda que apreensiva, em meio ao clima de insegurança que tomou conta do Rio após a operação.

PRF de MG no RJ

A Polícia Rodoviária Federal de Minas Gerais (PRF-MG) informou, nessa quarta (29), que mandaria agentes para atuarem na Operação Contenção,

Procurada pela reportagem, a PRF afirmou que informações estratégicas como quantidade de efetivo, datas de envio e retorno e detalhes da operação não serão divulgadas para a imprensa.

Formada, há 13 anos, em jornalismo, pela Faculdade Pitágoras BH. Pós-graduada em jornalismo digital e produção multimídia.