A licitação que definiu a empresa responsável pela gestão do
A decisão entende que o Consórcio Saúde Hope, vencedor da concorrência, não conseguiu atender a um ponto específico do edital que exige experiência na construção de uma unidade de saúde com um mínimo de 40 mil metros quadrados de área construída.
O desembargador Fábio Torres de Sousa justifica sua decisão ao alegar que a obra utilizada pelo consórcio para atestar sua experiência tem apenas 15.900 metros quadrados de área hospitalar pura.
“O empreendimento atestado apresenta área total de 70.400 m², distribuída em 15.900 m² de hospital, 465 m² de clínicas, 10.824 m² de consultórios privados, 2.754 m² de lojas privadas, 972 m² de auditório, 4.835 m² de apart-hotel, 250 m² de piscinas e 34.000 m² de garagem”, escreveu o magistrado em sua decisão.
Procurados pela reportagem, a Fhemig e o Governo de Minas afirmaram que a Advocacia-Geral do Estado (AGE-MG) se manifesta nos autos do processo.
Leilão realizado em setembro
A construção do HoPE é citado como um trunfo da gestão pelo governador Romeu Zema (Novo) e por seu secretário de Saúde, Fábio Baccheretti. O leilão para definir a gestora do complexo hospitalar
Formado pelas empresas Integra Brasil, Oncomed Centro de Prevenção e Tratamento de Doenças Neoplásicas e a B2U Participações, o Consórcio Saúde Hope venceu o pregão apresentando uma proposta de R$ 286 milhões com 13,03% de deságio em relação ao valor inicial. Também participaram do leilão a Construcap e a Opy Healthcare, autora do recurso na Justiça mineira.
O resultado do leilão foi celebrado pelo Executivo Estadual como um primeiro passo para o sucesso da parceria público-privada (PPP). De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, a construção do HoPE terá um aporte de R$ 2,4 bilhões, sendo R$ 1,7 bilhão em obras e equipamentos ao longo dos próximos 30 anos.
Centralização do atendimento
A construção do complexo vai de encontro ao projeto de
De acordo com o Governo de Minas, a estrutura terá mais de 500 leitos (sendo cem de UTI), 13 salas cirúrgicas, mais de 60 consultórios e um laboratório central para fortalecimento do controle epidemiológico e vigilância sanitária.
As obras também preveem a instalação do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-MG), da Funed, com capacidade para realizar até 1,5 milhão de exames laboratoriais e 375 mil análises sanitárias anuais.