Um homem de 51 anos foi preso, na tarde desta quinta-feira (18), após ser linchado por tentar aliciar sexualmente uma menina de 7 anos. Ele tentou convencer a mãe da criança a “vendê-la”, porém, a mulher guardou as conversas e marcou um encontro com o suspeito para emboscá-lo. O autor foi agredido por populares na Vila Joana D’arc, Região do Barreiro, em Belo Horizonte, e o espancamento só parou com a intervenção da Polícia Militar (PM).
A mãe da criança contou à polícia que saiu com o autor e que, a partir daí, passou a conversar com ele por WhatsApp. Ele, então, teria começado a demonstrar interesse na filha da mulher, dizendo que queria uma menina virgem e que, posteriormente, iria casar com ela.
Ele também insistiu para que a mãe iniciasse a criança em práticas sexuais para “prepará-la” para ele como se fosse “uma brincadeira”. A Itatiaia teve acesso aos prints, porém, não irá divulgá-los pela sensibilidade do conteúdo.
A mãe, então, decidiu acumular provas contra ele, passando a guardar os prints da conversa e marcando um encontro com o homem. Porém, chegando ao local, ele foi surpreendido por terceiros que, junto a mulher, iniciaram o espancamento. Os agressores utilizaram pedaços de madeira e uma barra de ferro.
Tribunal do crime
Na sequência, a mãe da criança insistiu para que o agressor fosse levado para uma localidade na Vila Joana D’arc, onde, segundo a PM, já ocorreram homicídios com características de “justiçamento”, os ditos “tribunais do crime”.
Chegando ao local, a mulher e os terceiros gritaram que o homem, que havia sido imobilizado, tentou estuprar uma criança, o que inflamou a população do local, que começou a espancar o homem e segurá-lo para esperar a chegada de envolvidos com o tráfico de drogas que realizariam o justiçamento, ou seja, executá-lo.
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Neste momento, uma equipe da PM que fazia o patrulhamento nas proximidades e havia recebido a denúncia de um homem sendo espancado foi até o local. Com a chegada os militares, a população se dispersou. Apenas um jovem de 24 anos e a mãe da criança ficaram no local, tendo ambos recebido voz de prisão e sendo conduzidos até a delegacia juntamente com o suspeito de aliciamento.
A PM recolheu os aparelhos celulares dos envolvidos para averiguação de provas. Antes de ser levado à delegacia, o homem foi levado à UPA Barreiro por apresentar intenso sangramento.
O que fazer para denunciar abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes?
Quando há suspeita de violência sexual, é importante acionar uma das instituições que atuam na investigação, diagnóstico, enfrentamento e atendimento à vítima e suas famílias: Conselhos Tutelares, Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e da Juventude (PJDIJ), 1ª Vara da Infância e da Juventude (1ª VIJ), Disque 100 ou 156.
- Disque denúncia nacional de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes - Disque 100