A Polícia Civil (PC)
Caso Alice: PCMG indicia dois funcionários do Rei do Pastel por feminicídio Caso Alice: ‘Dívida de R$ 22 foi estopim, mas motivação é transfóbica’, diz delegada Caso Alice: ‘Ela só não morreu no dia 23 porque testemunha impediu’, afirma delegada
Iara contou que, no primeiro depoimento, Alice afirmou ter sido agredida por um homem branco, porém não revelou quem eram os agressores. Isso se deu porque ela foi ameaçada pelos autores. A mulher trans sempre frequentava a região e era conhecida por lá.
“Ela já sabia quem eram esses agressores, porém ficou muito receosa de falar quem eram esses dois autores, porque havia sido brutalmente agredida. É uma região que ela costumava frequentar, ela não tinha a intenção de parar de frequentar, e os autores, quando agrediram ela, disseram: ‘A gente sabe que você frequenta aqui’. Eles ameaçaram ela claramente, e ela ficou com muito medo de revelar, de fato, as reais características físicas desses dois autores”, apontou a delegada.
De toda forma, Iara França afirmou que a Polícia Civil conseguiu identificar “totalmente” os autores e o nexo causal entre as agressões e a morte. Por isso, ambos os agressores foram indiciados pelo crime de feminicídio.
O crime
As agressões aconteceram na noite de 23 de outubro, quando
Mesmo assim, dois funcionários decidiram persegui-la. Neste momento, ela foi agredida por homens que trabalhavam na pastelaria, e socorrida posteriormente em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e liberada.
A investigação aponta que a vítima era conhecida no local e
Após voltar a sentir dores, foi internada em um hospital particular em Contagem, na Grande BH, no dia 26 de outubro, onde constatou costelas quebradas e lesões graves.
No dia 8 de novembro, uma nova internação identificou uma perfuração no intestino, causada pelas agressões. Alice morreu no dia seguinte, em um hospital particular de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por conta de uma infecção generalizada.
O caso ganhou repercussão nacional após
Nota Rei do Pastel
“Ressaltamos a nossa solidariedade incondicional aos familiares e amigos da Alice, e destacamos que não compactuamos, em hipótese alguma, com ações discriminatórias referente a identidade de gênero, orientação sexual, raça ou qualquer outra natureza”, afirmou o estabelecimento.