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Polícia Civil mira ‘gangue do quebra-vidros’ do Centro de São Paulo; confira

Operação cumpre quatro mandados de prisão e 27 de busca e apreensão; furto a aparelho de Procurador de Justiça resultou no descobrimento de ‘QG do crime’

A Polícia Civil realiza, nesta segunda-feira (13), uma operação contra uma quadrilha envolvida em roubos, estelionatos e furtos qualificados derivados da subtração de celulares, no Centro de São Paulo. Os criminosos atuam a partir da quebra de vidros de veículos.

A ação policial, chamada de “Operação Broken Window 2", cumpre quatro mandados de prisão temporária contra os principais líderes da organização criminosa. Além disso, são cumpridos 27 mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais vinculados aos investigados, inclusive com local no Ceará.

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A operação conta com 60 policiais civis, que estão nas ruas para o cumprimento dos mandados.

O esquema

Primeiro, o grupo criminoso realizava os crimes de furto e roubo de celulares. Em seguida, invadia as contas bancárias das vítimas. Com o acesso aos aplicativos financeiros, os criminosos passavam os valores ilícitos para contas de “laranjas” ou “empresas de fachada”, criadas para ocultar a origem do dinheiro e viabilizar a lavagem dos capitais.

Investigações

As investigações começaram após um furto contra o Procurador de Justiça Antônio Calil Filho, em julho deste ano, na Região Central da capital. Na ocasião, o celular de Calil foi levado após os criminosos quebrarem o vidro do carro dele.

A partir do rastreamento do dispositivo, policiais encontraram um imóvel no bairro do Glicério, local que foi identificado como “um verdadeiro ‘QG do crime’. Segundo a Polícia Civil, no local havia uma grande quantidade de celulares, máquinas de cartão, roteadores, chips e documentos de procedência ilícita.

A análise dos materiais apreendidos e dos dados extraídos dos aparelhos, principalmente do celular de um dos alvos, levou à descoberta de como funcionava o esquema da organização.

A corporação diz que o grupo era dividido em núcleos com funções definidas, como coordenação e receptação, ladrões de rua, tripeiros, que seriam responsáveis pelas contas bancárias utilizadas nas fraudes, além de criminosos que faziam apoio logístico. Os principais líderes da organização fazem parte do primeiro núcleo, segundo a Polícia Civil.

Bloqueio de dinheiro e criptomoedas

Após as descobertas, a Justiça deferiu medidas cautelares, principalmente o bloqueio de todos os ativos, valor que chega inicialmente a pouco mais de R$ 915 mil. A polícia informou que parte do dinheiro está investido em criptomoedas.

Além disso, outra medida é a suspensão das atividades econômicas e extinção de personalidades jurídicas associadas à organização criminosa, usadas como fachada para lavagem de dinheiro.

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Yuri Cavalieri é jornalista e pós-graduando em política e relações internacionais. Tem mais de 12 anos de experiência em rádio e televisão. É correspondente da Itatiaia em São Paulo. Formado pela Universidade São Judas Tadeu, na capital paulista, onde nasceu, começou a carreira na Rádio Bandeirantes, empresa na qual ficou por mais de 8 anos como editor, repórter e apresentador. Ainda no rádio, trabalhou durante 2 anos na CBN, como apurador e repórter. Na TV, passou pela Band duas vezes. Primeiro, como coordenador de Rede para os principais telejornais da emissora, como Jornal da Band, Brasil Urgente e Bora Brasil, e repórter para o Primeiro Jornal. Em sua segunda passagem trabalhou no núcleo de séries e reportagens especiais do Jornal da Band.