A Polícia Civil de São Paulo aponta que a
As apurações indicam que quadrilhas especializadas na falsificação de bebidas estariam utilizando o metanol não apenas para adulterar o produto e aumentar o volume, mas também para limpar e desinfetar os recipientes reutilizados.
“Uma das linhas de investigação é de que a contaminação pode ter acontecido no momento da limpeza dos vasilhames com metanol. Até o momento mais de 2.500 garrafas foram apreendidas somente nesta semana e nove estabelecimentos foram fechados, entre eles, duas distribuidoras de bebidas”, informou a PCSP em nota.
Rastreamento da contaminação
Segundo a polícia, as garrafas originais de destilados – como vodca, gim e uísque – seriam coletadas em bares e restaurantes e vendidas a fábricas clandestinas. Nesses locais, coletores ou fabricantes usariam o metanol no processo de limpeza e desinfecção.
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O problema ocorreria se o recipiente fosse mal lavado. O resíduo contaminado, ao receber a bebida falsificada, seria ingerido pelo consumidor, provocando a grave intoxicação.
A Polícia Civil chegou a essa conclusão ao refazer o caminho das bebidas consumidas pelas vítimas. Ao visitar os bares onde ocorreram os primeiros casos, os investigadores traçaram a logística reversa das garrafas, rastreando a rota das distribuidoras até chegar às fábricas clandestinas.
Até o momento, a Polícia de São Paulo não identificou os responsáveis pelo possível esquema de contaminação. As autoridades também não encontraram a origem do metanol, que é um produto importado.
Casos
Até o momento, o Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) do Ministério da Saúde recebeu notificações de 59 casos de intoxicação por metanol, sendo 53 em São Paulo — 11 confirmados e 42 em investigação —, 5 em investigação em Pernambuco e um