O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao lado de secretários que integram o gabinete de crise sobre intoxicação de metanol no estado, atualizou, nesta segunda-feira (6), um balanço sobre a situação.
Até a manhã desta segunda-feira (6), o estado de São Paulo registrou 192 casos de contaminação por metanol, segundo os dados do governo estadual. São 14 casos confirmados (incluindo 2 mortes) e 178 em investigação (incluindo 7 mortes).
Tarcísio descartou o envolvimento de organizações criminosas na produção e venda de bebidas adulteradas com metanol que causaram mortes e internações no estado.
Durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, Tarcísio afirmou que outra hipótese investigada é o uso do metanol para aumentar o volume de bebidas falsificadas.
Entre as providências, ele declarou que o governo paulista irá criar um “programa de qualidade” envolvendo uma lista de protocolos que distribuidores, bares e restaurantes deverão seguir para garantir a segurança das bebidas vendidas. Caso todas as etapas sejam seguidas, o estabelecimento receberá do governo um “selo de qualidade”.
Os protocolos, segundo Tarcísio, envolverão um treinamento gratuito oferecido pelo governo estadual aos proprietários e funcionários de estabelecimentos com o objetivo de barrar a comercialização de bebidas adulteradas e dar confiança aos consumidores.
“Esse programa vai envolver treinamento, comprovação de origem, a questão da nota fiscal… então a gente vai inspecionar uma série de itens e vai dar um selo, vai atribuir um selo de qualidade ao distribuidor, bar, restaurante (…). Obviamente é algo que não implica em custo para esse comerciante, que o estado ofereça em parceria com a iniciativa privada e com fabricantes gratuitamente, mas que a gente possa dar essa confiança para o cidadão, de que aquele estabelecimento está operando dentro das regras do jogo”, explicou Tarcísio.