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Empresário morto em Interlagos: veja tudo o que se sabe sobre o caso até agora

Nessa terça-feira (17), a divulgação do laudo do IML mudou os rumos da investigação

Empresário morto em Interlagos: veja tudo o que se sabe sobre o caso até agora

A divulgação do laudo do IML (Instituto Médico Legal) sobre a morte do empresário que teve o corpo encontrado em um buraco no autódromo de Interlagos, em São Paulo, mudou os rumos da investigação nessa terça-feira (17).

A vítima é Adalberto Amarilio dos Santos Junior, de 35 anos. Ele desapareceu na noite de 30 de maio, após participar de um evento automobilístico.

O corpo do empresário foi encontrado na manhã do dia 3 de junho por um trabalhador do autódromo. Seu carro estava estacionado no Kartódromo de Interlagos.

O laudo apontou que a causa da morte foi asfixia. A vítima foi encontrada sem calça e tênis dentro de um buraco em um local de obras, junto com o seu capacete e celular.

Havia manchas de sangue no interior do carro do empresário. O veículo foi apreendido pela polícia.

Com isso, a linha de investigação do inquérito foi alterada para homicídio, e a polícia trabalha com a hipótese de que o empresário tenha se envolvido em uma briga.

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A investigação

Uma hipótese é que o empresário foi abordado no caminho entre o local do evento e o ponto onde estacionou o carro.

Uma possibilidade é que a vítima tenha cortado caminho por um local de acesso proibido, em um trecho onde havia pouca iluminação durante a noite quando ele desapareceu.

A principal linha de investigação é que o crime tenha sido cometido por um dos seguranças que trabalhava no evento. No total, 188 profissionais de segurança estavam no autódromo na data.

O óbito aconteceu de 24 a 48 horas antes da descoberta do corpo.

Além de concluir que Adalberto morreu asfixiado, o laudo apontou que ele sofreu escoriações no pescoço e no joelho. Esse último ferimento aconteceu quando ele ainda estava vivo.

Empresário não tinha inimigos, diz família

A motivação do crime ainda é desconhecida. O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

A família de Adalberto afirma que ele não tinha inimigos e não sabia de desentendimentos que pudessem motivar uma vingança, o que reforça a possibilidade de um episódio ocasional.

Um amigo que estava com o empresário no evento de automobilismo informou para as autoridades que ambos consumiram bebida alcoólica e fumaram maconha. Por isso, ele disse que Adalberto estava “mais agitado que o normal”.

No entanto, o laudo do IML não encontrou drogas ou álcool no sangue da vítima. Uma hipótese é que o tempo de três dias decorrido entre a morte e a coleta do material tenha eliminado os vestígios.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), maiores detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na Itatiaia, escreve para Cidades, Brasil e Mundo. Apaixonado por boas histórias e música brasileira.