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Empresário morto em Interlagos pode ter sido atacado no caminho para estacionamento após evento

O corpo de Adalberto Amarilio dos Santos Junior foi encontrado em 3 de junho dentro de um buraco em um local de obras no autódromo

Empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, encontrado morto no autódromo de Interlagos, em São Paulo

Na terça-feira (17), foi divulgado o laudo do IML (Instituto Médico Legal) que apontou como asfixia a causa da morte do empresário encontrado morto dentro de um buraco no autódromo de Interlagos, em São Paulo.

A vítima é Adalberto Amarilio dos Santos Junior, de 35 anos. Ele desapareceu na noite de 30 de maio, após participar de um evento automobilístico.

O corpo do empresário foi encontrado na manhã do dia 3 de junho por um trabalhador do autódromo. Seu carro estava estacionado no Kartódromo de Interlagos.

Adalberto foi encontrado sem calça e tênis dentro de um buraco em um local de obras, junto com o seu capacete e celular.

O veículo tinha manchas de sangue em seu interior e foi apreendido pela polícia.

Uma hipótese da investigação é que o empresário foi abordado no caminho entre o local do evento e o ponto onde estacionou o carro.

Uma possibilidade é que a vítima tenha cortado caminho por um local de acesso proibido, em um trecho onde havia pouca iluminação durante a noite quando ele desapareceu.

O óbito aconteceu de 24 a 48 horas antes da descoberta do corpo.

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Além de concluir que Adalberto morreu asfixiado, o laudo apontou que ele sofreu escoriações no pescoço e no joelho. Esse último ferimento aconteceu quando ele ainda estava vivo.

Com isso, a linha de investigação do inquérito foi alterada para homicídio, e a polícia trabalha com a hipótese de que o empresário tenha se envolvido em uma briga.

A motivação do crime ainda é desconhecida. O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

A família de Adalberto afirma que ele não tinha inimigos e não sabia de desentendimentos que pudessem motivar uma vingança, o que reforça a possibilidade de um episódio ocasional.

Um amigo que estava com o empresário no evento de automobilismo informou para as autoridades que ambos consumiram bebida alcoólica e fumaram maconha. Por isso, ele disse que Adalberto estava “mais agitado que o normal”.

No entanto, o laudo do IML não encontrou drogas ou álcool no sangue da vítima. Uma hipótese é que o tempo de três dias decorrido entre a morte e a coleta do material tenha eliminado os vestígios.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), maiores detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na Itatiaia, escreve para Cidades, Brasil e Mundo. Apaixonado por boas histórias e música brasileira.