A Polícia de São Paulo trabalha com duas linhas de investigação sobre o assassinato do
ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo Ruy Ferraz Fontes, de 63 anos, executado a tiros na Baixada Santista nessa segunda-feira (15). A primeira é vingança em razão da atuação histórica contra os chefes do PCC, já a segunda é uma reação de criminosos contrariados pela atuação dele à frente da Secretaria de Administração da Prefeitura de Praia Grande.
O
secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, determinou a criação de uma força-tarefa. Agentes da Tropa de Choque da Polícia Militar se deslocaram para a Baixada Santista ainda na noite dessa segunda (15). Uma apuração da CNN aponta que são ao menos 100 homens. O procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, ofereceu o apoio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).
O atual delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Artur Dian, ressaltou que o assassinato do ex-delegado-geral, Ruy Ferraz Fontes, teve características de uma ação planejada e de alta complexidade. A ação contou com armamento pesado, incluindo carregadores de fuzil e munições, encontrados em um dos veículos abandonados usados pelos bandidos.
O crime
O carro de Ruy Ferraz Fontes foi atingido por um ônibus durante a tentativa de fuga, capotou e, em seguida, os criminosos realizaram a execução. Após o crime, os suspeitos fugiram. Outras duas pessoas ficaram feridas na ação e foram socorridas.
Histórico
Ruy atuou por mais de 40 anos na Polícia Civil, incluindo cargos de destaque como Delegado-Geral e diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital, e era considerado um dos principais inimigos do PCC.
Foi o responsável por indiciar, em 2006, toda a cúpula da facção criminosa, inclusive Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, antes de os bandidos serem isolados na penitenciária 2 de Presidente Venceslau.