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Suspeito de furtar obras de arte, ex-CEO da Hurb passa por audiência de custódia e tem prisão mantida

João Ricardo Rangel Mendes foi preso em flagrante por furtar quadros, esculturas, ipad e carteira no Rio de Janeiro; juíza classificou conduta como grave para prisão preventiva

Mendes fundou o Hotel Urbano, atual Hurb, em 2011

João Ricardo Rangel Mendes, ex-CEO da Hurb (antiga Hotel Urbano), teve a prisão convertida em preventiva em audiência de custódia realizada neste domingo (27). O empresário foi preso em flagrante no sábado (26) por suspeita de furtas obras de arte e pertences sociais do proprietário de um escritório de arquitetura no Rio de Janeiro (RJ). Os crimes foram flagrados por câmeras de segurança.

Conforme os boletins de ocorrência, João Ricardo furtou uma obra de arte e três esculturas do Hotel Hyatt, na Barra da Tijuca, na sexta-feira (25). No dia seguinte, sábado, ele furtou dois quadros do escritório Duda Porto Arquitetura, no Casa Shopping, bem como o Ipad e a carteira do dono do escritório.

Na decisão, a juíza Andressa Maria Ramos Ramundo, da 32ª Vara Criminal da Comarca da Capital, afirmou que os atos são graves, já que foram cometidos “por meio de invasão ao domicílio profissional das vítimas”, o que por si só já justificaria a manutenção da prisão do ex-CEO da Hurb.

“A gravidade em concreto do crime é motivo bastante a justificar a decretação da prisão preventiva com objetivo de proteger a ordem pública. Assim, evidente a necessidade da conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva do custodiado como medida de garantia da ordem pública e ordem econômica, com vistas ao restabelecimento da paz social concretamente violada”, diz trecho da decisão obtida pela Itatiaia.

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Ex-CEO responde na justiça em outras dezenas de processos

Em dezembro do ano passado, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) tornou réus João Ricardo Rangel Mendes e José Eduardo Mendes, fundadores da agência de viagens digital Hurb, pelo crime de estelionato. Os dois são acusados de venderem milhares de pacotes de viagem durante a pandemia de Covid-19 e não cumprir os contratos.

Eles também respondem a uma série processos judiciais por crimes como: dano, calúnia, estelionato, ameaça e lesão corporal. O caso explodiu em 2023, quando a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, determinou a suspensão temporária da venda de novos pacotes com datas flexíveis da Hurb.

Ainda em 2023, João Ricardo Rangel Mendes renunciou ao cargo de CEO após se envolver em uma polêmica. Ele teria divulgado de dados de clientes da agência de viagens e aparecido em vídeos xingando as pessoas que abriram reclamações contra a empresa.

Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.