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Morre aos 85 anos Heloisa Teixeira, imortal da Academia Brasileira de Letras

Escritora feminista havia sido eleita para a ABL em 2023; causa da morte foi insuficiência respiratória aguda em decorrência de pneumonia

Heloisa Teixeira passou a ocupar a cadeira 30 da Academia Brasileira de Letras (ABL), em 2023

A escritora feminista Heloisa Teixeira morreu na manhã desta sexta-feira (28) aos 85 anos. Imortal da Academia Brasileira de Letras, ela sofreu insuficiência respiratória aguda causada por pneumonia.

Autora de obras como “26 poetas hoje” (1976) e Explosão feminista (2018), Heloisa se destacou por antecipar transformações sociais e pela atuação na vanguarda nas áreas de relações de gênero e étnico-raciais, culturas marginalizadas e cultura digital.

O velório será realizado neste sábado (29) na Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro. Em nota, a Academia lamentou a morte da escritora, que passou a ocupar a cadeira 30 em 2023, sucedendo a escritora Nélida Piñon.

“Heloisa trouxe à ABL não apenas sua brilhante sagacidade intelectual, mas também um espírito de acolhimento e fraternidade que marcou profundamente todos com quem conviveu”, afirmou a entidade em nota.

Heloisa foi também professora emérita da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde foi coordenadora do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC), considerado um espaço central para o pensamento crítico nas últimas décadas.

Vida e obra

O legado de Heloisa foi retratado recentemente no documentário “O nascimento de H. Teixeira”. A produção foi lançada em março de 2025 pelo Canal Curta! Nos últimos anos, a escritora passou a adotar o sobrenome materno, Teixeira, no lugar de assinar como Heloisa Buarque de Hollanda.

O ato foi considerado um gesto simbólico que reforça e reafirma a identidade e a trajetória pessoal de Heloisa.

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Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas