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Morre Nélida Piñon, primeira mulher a presidir a Academia Brasileira de Letras

Piñon estava internada em hospital de Lisboa por problemas nas vias biliares e teria morrido após uma cirurgia emergencial

Com mais de 20 livros publicados, Piñon é um dos nomes mais internacionalizado da literatura brasileira

Morreu neste sábado (17), aos 85 anos, a acadêmica, escritora e jornalista Nélida Piñon. Primeira mulher a presidir a Academia Brasileira de Letras (ABL) nos primeiros 100 anos da entidade, a autora brasileira estava internada em um hospital em Lisboa, Portugal.

O falecimento de Piñon foi confirmado pela ABL nesta tarde, mas a causa da morte não foi divulgada no pronunciamento oficial. Ao g1, o atual presidente da entidade, Merval Pereira, relatou que a autora teve problemas nas vias biliares e passou por uma cirurgia emergencial, mas não resistiu.

Nascida no Rio de Janeiro em 1937, Piñon se formou em Jornalismo, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. A autora, que ocupou a Cadeira 30 da ABL, foi a primeira mulher no mundo a presidir uma academia de letras.

Piñon estreou na literatura com o romance “Guia-mapa de Gabriel Arcanjo”, de 1961, e teve mais de 20 livros publicados e traduzidos em mais de 30 países. Ao lado de Jorge Amado e Paulo Coelho, Piñon é o nome mais internacionalizado da literatura brasileira.

Maria Clara Lacerda é jornalista formada pela PUC Minas e apaixonada por contar histórias. Na Rádio de Minas desde 2021, é repórter de entretenimento, com foco em cultura pop e gastronomia.