Na mesma semana em que ferroviários ameaçaram entrar em greve contra a privatização da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), o Governo de São Paulo realiza, nesta sexta-feira (28), o leilão da concessão à iniciativa privada das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade. O evento vai acontecer na sede da Bolsa de Valores (B3), no centro de São Paulo.
Duas empresas vão disputar a operação das linhas. São elas o grupo Comporte, dona da concessão do Trem Intercidades entre São Paulo e Campinas, e a CCR, que tem boa parte das concessões de rodovias no Estado.O leilão do Lote Alto Tietê compreende 124 quilômetros de ferrovias por 25 anos. O projeto prevê a construção de dez novas estações, das quais oito serão de responsabilidade da concessionária e duas da CPTM.
O governo fala em diminuir os intervalos das linhas para a partir de três minutos, similar ao do metrô. Além disso, promete a reforma das 24 estações já existentes, entre outras mudanças. O investimento previsto é de R$ 14,3 bilhões.
O consórcio C2 Mobilidade Sobre Trilhos, responsável pelo trem entre São Paulo e Campinas, é formado pelo grupo Comporte, holding brasileira formada pelo empresário Nenê Constantino, e a CRRC, estatal chinesa com sede em Pequim, que é uma das maiores fornecedoras de material rodante ferroviário.
Enquanto isso, a CCR, além de dominar as rodovias paulistas, é dona da ViaMobilidade, que opera as linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda.