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Caso Vitória: polícia vai fazer reconstituição da morte da jovem após recusa inicial de delegado

Secretária de Segurança Pública disse que procedimento pretende esclarecer como homicídio aconteceu; suspeito do crime segue preso

Caso Vitória: polícia vai fazer reconstituição da morte da jovem após recusa inicial de delegado.

A reconstituição da morte de Vitória Regina de Souza, morta aos 17 anos em Cajamar, na Grande São Paulo, foi solicitada pela Polícia Civil (PC) ao Instituto Médico Legal (IML). A informação foi confirmada à reportagem pela Secretária de Segurança Pública (SSP) do estado nesta terça-feira (25).

Segundo a decisão, o pedido da reconstituição foi feito “para esclarecer todas as circunstâncias em que ele ocorreu”. O suspeito do crime, Maicol Sales dos Santos, que confessou ter matado a jovem, segue preso temporariamente e as investigações prosseguem na Delegacia de Cajamar, onde o inquérito policial será concluído.

O novo pedido vai na contramão do que foi dito na semana passada pelo delegado do caso, Fábio Cenachi, que segundo ele não havia necessidade de realizar o procedimento, já que a polícia tem a convicção de que o crime foi cometido por Maicol.

A pasta acrescentou que “a PC ressalta que todos os procedimentos adotados no caso, inclusive o depoimento do suspeito, obedeceram estritamente ao Código de Processo Penal”.

Suspeito diz que polícia forçou sua confissão

O homem apontado como o assassino de Vitória alega ter sido coagido pela polícia para confessar o crime.

Maicol afirma que foi colocado em um “banheiro sujo” e pressionado a “colaborar” com as investigações. Ele ainda diz ter sido ameaçado de que sua mãe e esposa seriam envolvidas no caso.

A coação teria acontecido depois que os advogados de Maicol deixaram a delegacia. A defesa de Maicol afirmou que pedirá anulação da confissão, já que pode ter sido coagido a falar.

Corpo de Vitória foi encontrado próximo à casa do suspeito do crime.

Em nota enviada à imprensa, os advogados do suspeito afirmam que a confissão foi “cercada por graves irregularidades”.

“A ausência dos advogados constituídos no ato, a realização da oitiva durante o período de repouso noturno e a coação psicológica sofrida e relatada pelo investigado são elementos que não podem ser ignorados”, diz a nota.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.