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Conheça as Barbies PCDs em homenagem a Paola Antonini e Kelen Ferreira

A belo-horizontina Paola Antonini é influenciadora e Kelen Ferreira é uma das sobreviventes do incêndio na boate Kiss

Paola se tornou amiga de Kelen depois de interpretar a profissional da saúde na série “Todo Dia a Mesma Noite”

Duas brasileiras com histórias inspiradoras são homenageadas pela Mattel neste Dia Internacional da Mulher. Paola Antonini, influenciadora e atriz, e Kelen Ferreira, profissional da saúde, viram bonecas Barbie da coleção Mulheres Inspiradoras. São as primeiras brasileiras PCDs a serem homenageadas com uma boneca da marca.

A edição, que será lançada no Dia Internacional da Mulher, ressalta o poder da amizade, transformando duplas de amigas em Barbies. Paola se tornou amiga de Kelen depois que i nterpretou a profissional da saúde na série “Todo Dia a Mesma Noite”, da Netflix.

A Barbie inspirada em Kelen ainda tem um detalhe especial: a boneca inspirada nela é uma das primeiras Barbies a ter uma prótese transtibial - abaixo do joelho - e cicatrizes de queimaduras. Até então, todas as bonecas com prótese utilizavam um modelo transfemoral, ou seja, acima do joelho.

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Quem é Paola Antonini

Paola se destaca pelo conteúdo inspirador nas redes sociais e por ter idealizado o Instituto Paola Antonini, dedicado à reabilitação gratuita para crianças e jovens com deficiência física.

Ela teve a perna esquerda amputada depois de um acidente de carro em 2014. A influenciadora viajaria para Búzios, no Rio de Janeiro, quando um motorista embriagado atingiu Paola em frente a um carro estacionado. Na época, ela tinha 20 anos.

Hoje, com mais de 2 milhões de seguidores no Instagram, Paola se tornou um símbolo de empoderamento e inclusão, e utiliza suas redes sociais e participações na TV para incentivar as pessoas a superar momentos desafiadores.

Quem é Kelen Ferreira

Kelen é uma das sobreviventes do incêndio na boate Kiss, que matou 242 pessoas em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em 27 de janeiro de 2013. Por conta das sequelas, ela precisou amputar a perna.

“Em 27 de janeiro de 2013, sobrevivi ao massacre na boate Kiss. Consegui me salvar, porém minha sandália ficou presa no meu pé, ‘cortando’ a circulação. Nos primeiros dias de internação, meus familiares notaram que meu pé estava ficando frio e a coloração mudando. Após a estabilização do meu quadro, ainda em coma induzido, foi realizada a minha cirurgia de amputação”, contou Kelen nas redes sociais.

*Sob supervisão de Enzo Menezes

Paula Arantes é estudante de jornalismo e estagiária do jornalismo digital da Itatiaia.