Uma carta foi publicada nas redes sociais da pastora e
As fotos da carta, escrita a mão por Flordelis, têm quatro páginas e foram postadas durante a noite dessa quarta-feira (19). Ela cumpre pena há quatro anos na
No texto, ela começa dizendo que “fui presa por um crime que não cometi”, além de relatar que sofre de depressão, além de crises convulsivas, além de AVC e problema cardíaco grave. Em outro trecho, ela comenta que “estou me urinando toda” e que passou dez dias no isolamento e só foi retirada após desmaiar. A carta, endereçada ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, foi anexada ao seu processo de execução penal.
O advogado de
Em determinado momento da carta, Flordelis que foi considerada culpada pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado, uso de documento falso e associação criminosa armada, diz que após sofrer uma queda, precisou de atendimento sendo encaminhada para a cela das grávidas, onde ficou por um ano e meio.
“Minha saúde mental só tem piorado. Também já tive AVC e já fui tratada em um hospital de nefrologia”, relatou. A ex-deputada menciona também que, há 30 anos, sofreu uma amnésia total, porém, nunca recebeu tratamento adequado porque seu marido, o pastor Anderson do Carmo, acreditava que poderia cuidar dela sozinho.
Durante o julgamento, ela tentou usar os lapsos de memória para sensibilizar os jurados e evitar a condenação. O pastor Anderson do Carmo, de 42 anos, foi morto a tiros na madrugada de 16 de junho de 2019, na garagem da casa onde morava com a família em Pendotiba, na cidade de Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro.
A mulher contou também que se tornou dependente de medicamentos, mas encontrou alívio na música e em trabalhos missionários dentro do presídio.
“Quando cheguei à penitenciária, fui diagnosticada com síndrome do pânico, fobia social, depressão e crises convulsivas”, disse a ex-deputada.
Na foto, o pastor Anderson e Flordelis.
Flordelis e mais 10 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público (MP) pelo assassinato. Na época, a então parlamentar não teve sua prisão pedida por conta da imunidade parlamentar, mas ela acabou, depois, perdendo o mandato. A pastora alega ainda que precisa realizar três exames médicos com urgência: holter, ultrassonografia total do abdômen e raio-x da cabeça e do rosto.
Segundo o MP, dos 55 filhos biológicos e adotivos da pastora, sete estão envolvidos no crime, além de uma neta e outras duas pessoas. No documento, o MP também cita que, por diversas vezes, Flordelis tentou manipular as testemunhas do processo que investiga a morte de Anderson do Carmo.