Nos últimos dez anos, a aviação privada registrou 727 acidentes no Brasil, enquanto a comercial teve 12 ocorrências. Os dados são do Cenipa, (Centro de Investigação e Prevenção de Acidente Aeronáuticos).
O Cenipa classifica os voos de operação privada como os realizados “em benefício exclusivo do proprietário ou operador, não podendo efetuar quaisquer serviços aéreos remunerados”.
Nessa segunda-feira (10), um
Os voos comerciais estão enquadrados dentro dos de operação regular e são empregados em serviços de transporte aéreo público por concessão e mediante remuneração.
Depois da aviação privada, a aviação agrícola é a segunda com mais acidentes: 431. Voos de instrução, empregados em escolas de aviação civil, por exemplo, tiveram 129 ocorrências.
Confira a lista de acidentes por tipo de operação no Brasil nos últimos dez anos, segundo dados do Cenipa:
- Privada: 727 acidentes;
- Agrícola: 431;
- Instrução: 129;
- Experimental: 85;
- Táxi aéreo: 75;
- Não especificadas: 40;
- Policial: 34;
- Especializada: 26;
- Aerodesportiva: 14;
- Regular: 12 acidentes;
- Não regular: 8.
Especialista explica
A Itatiaia conversou com o professor Dr. Kerley Oliveira, especialista em segurança de voo, coordenador dos cursos de aviação da UNA e gerente de qualidade e segurança na IAS.
O professor ressalta que ambas são seguras, mas explica que a legislação é diferente entre a aviação comercial e a aviação executiva, que é o segmento que atende as demandas de voos privados.
“A aviação comercial segue uma legislação específica. Ela tem uma restrição maior, porque transporta muitas pessoas e não pode democratizar demais as decisões e não tem tanta liberdade quanto na aviação executiva”, explica.
“Na aviação executiva, o avião é do empresário. Ele pode ter uma liberdade um pouco maior em relação a alguns procedimentos. Na maioria das vezes, as pessoas não sabem usar essa liberdade de forma segura”, afirma.
O professor cita que os voos privados estão mais sujeitos a acidentes causados pelo fator humano. Dr. Kerley cita, como exemplo, a decisão de viajar ou não quando a meteorologia não estiver muito boa.