Após um policial militar jogar um homem de uma ponte na Zona Sul de São Paulo, na noite da última segunda-feira (2), a supervisora regional da PM foi até o local para procurar indícios do crime, como o corpo da vítima. A informação foi revelada pelo jornal Metrópoles.
Marcelo do Amaral, de 25 anos, caiu dentro do córrego, de uma altura de três metros, mas sobreviveu. Testemunhas afirmam que o jovem saiu da água ensanguentado e desnorteado, dizendo apenas que tinha batido com a cabeça. Segundo a família, o
O policial militar que jogou o jovem pela ponte foi identificado como o soldado Luan Felipe Alves Pereira, do 24º Batalhão Metropolitano. O caso aconteceu no bairro Cidade Ademar, na Zona Sul da cidade, em cima de uma ponte sob o Córrego Cordeiro.
Vítima foi perseguida após baile funk
Antes de ser jogado da ponte por um PM, Marcelo estava em um baile funk em Diadema, na Grande SP. Em meio à aglomeração de pessoas, o jovem teria fugido da abordagem policial em uma moto sem placa.
Os PMs perseguiram Marcelo, mas tiveram que voltar porque não conseguiam passar com a viatura no meio de uma grande quantidade de pessoas. Nesse momento, cinco equipes da Rocam apareceram de moto para auxiliar a perseguição.
Marcelo foi perseguido por 2 quilômetros e acabou sendo parado na Cidade Ademar, Zona Sul de SP. O momento em que um dos policiais pega a vítima, que está com uma camisa azul, e a joga da ponte.
Policiais envolvidos foram afastados
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) confirmou o
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, também publicou um vídeo informando que
“Anos de legado da PM não podem ser manchados por condutas anti profissionais. Policial não arremessa ninguém pelo muro. Pelos bons policiais que não devem carregar fardo de irresponsabilidade de alguns, haverá severa punição”, afirmou Derrite.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse, em uma rede social, que o policial militar que “chega ao absurdo de jogar uma pessoa da ponte” não está à altura de usar farda.
Dos 13 PMs afastados, dois são sargentos e onze cabos e soldados, que foram ouvidos sobre o caso e ficarão afastados das ruas até o fim das investigações. Eles pertencem ao 24° Batalhão da PM, da cidade de Diadema, na Grande São Paulo.
Todos os militares usavam câmeras corporais e gravaram a abordagem. As imagens serão usadas pelos investigadores para entender os detalhes da ocorrência.