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Pai de homem jogado de ponte por PM fala sobre estado de saúde do filho: ‘inadmissível’

Vítima tem 25 anos e trabalha como entregador; Governador Tarcísio de Freitas afirma que caso será investigado e punido.

O vídeo de um policial militar jogando uma pessoa do alto de uma ponte em um córrego fez com que a secretaria de segurança pública de São Paulo afaste das ruas da cidade pelo menos 13 PMs envolvidos na ocorrência. Entre eles, soldados e sargentos. Todos os policiais usavam câmera corporal.

A vítima, é Marcelo, um jovem de 25 anos que trabalha de entregador e segundo a família, a vítima caiu de cabeça e machucou o rosto. Foi salva por moradores de rua que estavam embaixo da ponte. O jovem foi atendido em um hospital e agora está em casa.

Nessa terça-feira (3), o pai do rapaz falou sobre o assunto e cobra explicações. “Está bem, mas não consegui falar com ele… É inadmissível, não existe isso aí. Eu acho que a polícia está aí para fazer a defesa da população e não fazer o que fez”, afirma Antônio Donizete do Amaral, Mecânico, ao Jornal Nacional.

Antônio contou ainda, que o filho é trabalhador e estava apenas “correndo atrás do que é dele”. “Não tem envolvimento, não tem passagem, não tem nada. Eu gostaria de uma explicação desse policial aí e o porquê ele fez isso”, responde o pai.

O Secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, gravou um vídeo em que critica a atitude dos policiais. O caso aconteceu na madrugada dessa segunda-feira (2) e as imagens mostram a ação do policial. Ao todo são cinco. Um deles levanta a moto que está no chão. Em determinado momento, o primeiro PM apoia a motocicleta próximo à ponte, quando logo depois um quarto policial chega segurando um homem de camisa azul, que estaria sendo abordado. Segundos depois ele joga o homem no córrego.

Testemunha conta sobre abordagem

Pessoas que estavam perto do local se espantaram com o que viram. Uma testemunha, que não pediu para ser identificada contou que viu quando os PMs do policiamento com motocicletas abordaram o rapaz.

“Tinham dois policiais da Rocam parados ali com cacetete na mão esperando para abordar. Aí esse menino veio da avenida, virou e aí foi a hora que ele viu os policiais e caiu no chão com a moto. Na hora que ele caiu no chão com a moto, como os policiais vieram em cima dele, eu e minha amiga saímos correndo”, diz a testemunha.

Ainda conforme a testemunha, a polícia estava no local para dispersar um baile funk que acontecia na rua. Um córrego corta a comunidade da Vila Clara, na zona sul de São Paulo. São cerca de três metros de altura que separam a ponte da Água Rasa.

“Essa ação não encontra respaldo nenhum nos procedimentos operacionais da polícia militar. Ações isoladas como essa não podem denegrir a imagem de uma instituição que tem quase 200 anos de bons serviços prestados para nossa população no estado de São Paulo. Não vamos tolerar nenhum tipo de desvio de conduta de nenhum policial no estado de São Paulo”, afirma Derrite.

O Procurador-Geral de Justiça do Estado, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, disse que a conduta dos policiais é inadmissível.

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“O suspeito já estava absolutamente dominado, bastava com que os policiais naquele momento o levassem para o distrito policial. As imagens são estarrecedoras. Pelo que se verifica, já determinei que o grupo de acompanhamento especial em segurança pública atue junto ao promotor de justiça natural de forma a buscar o acompanhamento judicial, bem como a punição exemplar dos responsáveis.”

O Ouvidor das Polícias de São Paulo, Cláudio Silva afirmou que os PMs envolvidos tomaram essa atitude achando que ficariam impunes.

“Esse tipo de postura dos policiais demonstra que eles acreditam muito que a impunidade vai perpetuar. Não é a polícia que a gente deseja, que não é a polícia que nos contempla com a segurança que efetivamente a população merece ter.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), comentou sobre o caso nas redes sociais.

Ele afirmou que “o Polícia Militar de São Paulo é uma instituição que preza, seu profissionalismo na hora de proteger as pessoas”. Que o policial está na rua para enfrentar o crime e para fazer com que as pessoas se sintam seguras. Que quem atira pelas costas ou chega ao absurdo de jogar uma pessoa da ponte, não estão à altura de usar essa farda.

O governador afirmou que os casos serão investigados e rigorosamente punidos.


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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.
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