A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) criticou, por meio de nota nessa terça-feira (6), a retirada do adolescente com diabete eliminado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) após o
A nota classificou o episódio como “bizarro” e ainda lamentou que o fato ocorreu no Novembro Diabetes Azul, período em que o órgão tenta a conscientização. “Nos parece, no mínimo, uma falta de sensibilidade, para não falar de total desconhecimento, o que aconteceu com esse jovem em Sobradinho, no Rio Grande do Sul”, diz o presidente da SBD, Ruy Lyra.
A SBD disse que mantém conversações com o MEC a fim de existir a possibilidade de as pessoas com diabetes, que necessitam de insulinoterapia, a entrarem nas salas de aula com seus celulares. “Eles são importantes porque fornecem informações sobre a glicemia e alertam quando há necessidade de intervenção.”
O órgão lembrou que apoia as ações para que crianças e jovens não usem celular nas salas de aula, mas, em algumas situações particulares, dentre elas as pessoas com diabetes que necessitam de insulina para manter a glicemia controlada, é fundamental que elas fiquem com seus celulares o tempo todo.
“Em nome da Sociedade Brasileira de Diabetes, nós repudiamos veementemente o tipo de postura verificada no Rio Grande do Sul, ceifando do jovem a possibilidade de terminar sua prova do Enem e atingir seus objetivos. Nós apoiamos esse jovem com diabetes, nos coadunamos com seu sentimento e repudiamos toda e qualquer medida parecida com a que ele se deparou no último domingo.”
O que diz o Inep
Em nota, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)
O instituto destacou ainda que os participantes que se sentiram prejudicados por conta de algum erro de aplicação “podem solicitar a
Diabetes tipo 1
Na postagem feita na rede social, o pai explicou que o filho tem diabetes tipo 1, quando há pouca ou nenhuma produção de insulina no corpo, e que precisa monitorar o nível de açúcar no sangue para saber quando tomar o medicamento. O adolescente usa no braço um tipo de sensor de glicemia, que é conectado ao celular, e apita quando os níveis estão fora do normal.
Ainda conforme o pai, o celular do adolescente estava sob a posse do fiscal na hora da prova, quando o alarme do sensor disparou uma vez. A situação já foi suficiente para que o estudante fosse eliminado e retirado da sala por “perturbar os demais alunos”. O adolescente ainda precisou assinar uma ata e foi obrigado a deixar a escola onde fazia a prova.
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