A Polícia Civil de Porto Alegre suspeita que a causa das mortes das gêmeas Manuela e Antônia Pereira, de 6 anos, foi envenenamento.
A principal suspeita,
“Foi aspirada grande quantidade de secreção sanguinolenta pelo tubo e, até mesmo, pelas vias aéreas superiores, tendo tal fato chamado a atenção, na medida que tal quadro não é comum em uma criança de seis anos e tampouco em uma parada cardiorrespiratória comum, tamanha a quantidade de sangue expelido. Acredito que o quadro não tinha aspecto de infecção, aparentando ter sido ocasionado por ingestão de substância medicamentosa ou de veneno. Chama a sua atenção o fato de ter ocorrido com as duas irmãs gêmeas em um curto espaço de tempo”, consta no depoimento.
O delegado Cleber Lima, responsável pela investigação, afirma que o envenenamento foi causado pela mãe das crianças.
“Neste momento, nós temos a convicção de que foi a mãe. A probabilidade maior é de que elas tenham sofrido um envenenamento ou uma intoxicação com uma dose muito grande de medicamento, ou até mesmo um veneno. Nós dependemos do laboratório do Instituto-Geral de Perícias [para confirmar]. ", explica o delegado Lima ai g1.
O pai das meninas, um homem de 43 anos, foi ouvido e de acordo com a Polícia Civil, ele não teria envolvimento com o crime. Já que os casos aconteceram enquanto ele não estava em casa. Em depoimento, ele afirmou que nenhuma das duas meninas tinha problemas de saúde anteriores.
Motivação
Segundo o delegado Lima, os problemas psicológicos podem ter levado a mãe das crianças a cometer os crimes, já que a mulher teria sofrido um abalo psicológico após a morte de um filho, de 22 anos, em Santa Maria em 2022, relacionada com o tráfico de drogas. A mulher, a partir dessa época, teria deixado de ser uma mãe amorosa para as filhas.
“Familiares disseram em depoimento que essa mãe era capaz, realmente, de ter feito essa maldade com as filhas porque ela era completamente desequilibrada. Ela esteve internada em uma clínica psiquiátrica, teve um surto psicótico há cerca de 40 dias, estava há 10 dias com alta, foi para a residência e acabou cometendo esse desatino”, disse o delegado Lima.