Um acordo assinado na quinta-feira (29) pelo Governo Federal e entidades sindicais deve colocar em fim a greve dos servidores do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Com isso, a expectativa do órgão é que o atendimento a população seja normalizado nas próximas semanas.
Em entrevista exclusiva ao programa Itatiaia Agora, o presidente do INSS, Alessandro Antônio Stefanutto, afirmou que a situação já deve estar ‘quase 100%’ na primeira semana de setembro.
‘Na segunda semana de setembro estaremos mais do que 100%, porque os colegas servidores vão voltar e vão compensar o período parado. O servidor do INSS tem essa consciência com os segurados. Mais de 100% para botar tudo em dia, terminar o ano conforme prometido aqui, próximo de 30 dias o tempo da fila’,
Confira abaixo a entrevista na íntegra:
O Governo Federal assinou, na quinta (29), um acordo com as entidades sindicais que representam os servidores do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Com a assinatura do documento, o governo espera pôr fim ao movimento grevista.
A peça foi assinada por representantes do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços (MGI) e entidades sindicais. Pelo acordo, a reestruturação remuneratória da Carreira do Seguro Social será em duas etapas, a primeira em janeiro de 2025 e a segunda em abril de 2026. As mudanças devem entrar na peça orçamentária de 2025, que será enviada pelo governo nos próximos dias para análise do Congresso Nacional.
Segundo o MGI, a reestruturação prevê ampliação da tabela remuneratória, passando de 17 para 20 padrões, com cinco padrões por classe; acréscimo de três novos padrões na classe inicial da tabela; reajuste da remuneração de ingresso na carreira, a partir dos padrões iniciais e majoração da Gratificação de Desempenho de Atividades do Seguro Social (GDASS).
A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (FENASPS), por outro lado, decidiu manter a greve: ‘A FENASPS não reconhece acordos assinados por outras entidades que não atendem às pautas da categoria do Seguro Social e sem discussão com a base’, afirmou a entidade, em um comunicado.