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Investigada de integrar a maior fraude do Brasil: quem é Anna Saicali, ex-diretora da Americanas

Apontada por envolvimento em um esquema criminoso que fraudou R$ 25,4 bilhões, Anna Christina Ramos Saicali desembarcou em São Paulo, nesta segunda-feira (1°)

Anna Saicali é formada em artes plásticas e trabalhou na Americanas por 26 anos

A ex-diretora da Americanas, Anna Christina Ramos Saicali, desembarcou na manhã desta segunda (1º), em São Paulo. Ela é apontada como integrante de uma das maiores fraudes da história do mercado financeiro no Brasil, com valores beirando os R$ 25,4 bilhões.

Nesta segunda (1°), a ex-diretora se apresentou ao posto da Polícia Federal, no Aeroporto de Guarulhos, onde entregou o passaporte às autoridades mas não será presa. A Justiça Federal substituiu a prisão preventiva da investigada por outras medidas judiciais, como volta ao Brasil e entrega do passaporte.

A decisão é do juiz Márcio Muniz da Silva Carvalho, que atendeu a um pedido da PF.

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Anna Saicali é formada em artes plásticas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e tem curso em Havard. Ela trabalhou na Americanas, entre 1997 até 2023 - quando foi afastada das suas funções.

A ex-diretora foi co-fundadora da B2W (fusão da Americanas com Shoptime e Submarino) empresa especializada em comércio eletrônico e, mais recentemente, da AME Digital, durantes as últimas duas décadas.

Lista da Interpol

Há 15 dias na capital Lisboa, em Portugal, Anna Christina estava na lista de foragidos internacionais da Interpol, junto com o ex-CEO da empresa, Miguel Gutierrez, que ficou preso por um dia em Madri.

Anna Christina e Miguel são apontados como integrantes de uma das maiores fraudes da história do mercado financeiro no Brasil, com valores beirando os R$ 25,4 bilhões.

As investigações apontaram que o grupo fraudou resultados financeiros da empresa com falsificação de documentos que eram usados para simular um aumento de caixa na empresa e gerar aumento no valor das ações do grupo americanas no mercado.

Os dois ex-diretores da Americanas podem responder por: manipulação de mercado, uso de informação privilegiada, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Eles podem ser condenados a até 26 anos de prisão.

*Sob supervisão de Felippe Drummond


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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde