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Ex-diretora do grupo Americanas, Ana Cristina Ramos Saicali desembarca em São Paulo

Ela é um dos alvos de uma operação da PF por envolvimento em um esquema criminoso que fraudou os resultados financeiros da empresa

A ex-direita do grupo Americanas, Ana Cristina Ramos Saicali, volta ao Brasil

A ex-diretora do grupo Americanas, Ana Cristina Ramos Saicali, que semana passado foi alvo de uma operação da PF por envolvimento em um esquema criminoso que fraudou os resultados financeiros da empresa, desembarcou em São Paulo pouco antes das 7h desta segunda (1º).

Em seguida, ela seguiu ao posto da Polícia Federal, no Aeroporto de Guarulhos, onde entregou o passaporte às autoridades. Ela não ficará presa e deverá ir para o Rio de Janeiro

A operação da Polícia Federal aconteceu na última quinta-feira (27). Os agentes cumpriram 15 mandados de busca e apreensão nas casas de dois ex-diretores da Americanas, mas os alvos não foram encontrados para o cumprimento dos mandados de prisão.

Dessa forma, o ex CEO da empresa Miguel Gutierrez e a ex-diretora Ana Cristina Ramos Saicali passaram a ser considerados foragidos. Ambos, que não estavam no Brasil, entraram na lista de difusão vermelha da Interpol, que reúne os mais procurados do mundo.

Miguel Gutierrez, apontado pela investigação da PF como o principal beneficiado pelo esquema de fraudes, foi preso em Madri, onde mora, na sexta-feira (28), mas foi solto um dia depois. Ele deverá se apresentar à Justiça espanhola a cada duas semanas.

Já Anna Saicali, que viajou para Portugal no dia 15 de junho, se entregou à Justiça em Lisboa neste domingo (30). E em seguida embarcou com destino ao Brasil.

Segundo as primeiras informações, quando chegar ao Aeroporto do Galeão, ela será conduzia por agentes da PF, mas não ficará presa. Seu passaporte será retido e ela ficará proibida de deixar o país.

O grupo investigado, segundo a polícia, é responsável pela maior fraude da história do mercado financeiro do Brasil, estimada em cerca de R$ 25,3 bilhões. As investigações apontaram que o grupo fraudou resultados financeiros da empresa com falsificação de documentos que eram usados para simular um aumento de caixa na empresa e gerar aumento no valor das ações do grupo americanas no mercado.

Por meio de nota, a Americanas disse que confia nas autoridades que investigam o caso e reforçou que foi vítima de uma fraude de resultados pela sua antiga diretoria, que manipulou os controles internos existentes. A Americanas disse ainda acredita na Justiça e aguarda a conclusão das investigações para responsabilizar judicialmente todos os envolvidos.

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Diana Rogers tem 34 anos e é repórter correspondente no Rio de Janeiro. Trabalha como repórter em rádio desde os 21 anos e passou por cinco emissoras no Rio: Globo, CBN, Tupi, Manchete e Mec. Cobriu grandes eventos como sete Carnavais na Sapucaí, bastidores da Copa de 2014 e das Olimpíadas em 2016.