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Caso Djidja Cardoso: inquérito é concluído e 11 pessoas são indiciadas pela morte da ex-sinhazinha

Outros familiares de Djidja Cardoso serão indiciadas por 14 crimes, incluindo tortura com resultado de morte e tráfico de drogas

Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido, morre aos 32 anos em Manaus | CNN Brasil

A Polícia Civil do Amazonas vai indiciar 11 pessoas no caso da Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido do Festival de Parintins, que morreu no dia 28 de maio em Manaus após uma possível overdose por cetamina.

Fontes da polícia afirmaram que a família de Djidja será indiciada por 14 crimes, incluindo tortura com resultado de morte e tráfico de drogas. Mais informações sobre a conclusão do inquérito policial da Operação Mandrágora serão divulgadas em uma entrevista coletiva nesta quinta-feira (20). As informações são da CNN.

A operação da Polícia Civil apurou a existência de uma seita religiosa responsável por fornecer e distribuir a substância ketamina, além de incentivar e promover o uso da droga.

Entenda o caso

Dilemar Cardoso Carlos da Silva, Djidja, como era conhecida, morreu aos 32 anos na casa em que vivia, no bairro Cidade Nova, em Manaus. Ela era uma das principais personagens, a Sinhazinha, do Boi Bumbá Garantido na festa de Parintins.

Outros familiares da ex-sinhazinha acusam as pessoas mais próximas a ela de praticar crimes na casa da vítima, inclusive que faziam ‘rituais’ com substâncias ilícitas. Cleomar Cardoso, tia de Djidja, acusou os indiciados de negar socorro à vítima e incentivar seu vício em drogas.

Djidja Cardoso, a mãe e o irmão

“A Djidja morreu por omissão de socorro por parte da mãe dela e da turma do Belle Femme de Manaus. A casa dela na cidade nova se tornou uma Cracolândia. Toda vez que tentávamos internar a Djidja, éramos impedidos pela mãe e pela quadrilha de alguns funcionários que fazem parte do esquema deles. A mãe dela sempre dizia pra nós não interferirmos na vida deles e que ela sabia o que estava fazendo, ficamos de mãos atadas. E está do mesmo jeito lá, todos se drogando na casa dela”, diz um trecho da publicação no Facebook de Cleomar.

Como funcionava seita?

A organização batizada de “Pai, Mãe, Vida”, criada pela família, tinha forte cunho religioso e se baseava no uso de drogas para acessar “outras dimensões”. A organização era liderada por Cleusimar e Ademar, mãe e irmão de Djidja, além de três funcionários da rede de salões da família, chamada de Belle Femme. Todos estão presos.

O nome da seita “Pai, Mãe, Vida”, aparece no perfil do Instagram de Cleusimar, onde vídeos e fotos sobre o salão era postado, mas também sua vida pessoal. O grupo defendia o uso da cetamina, droga que matou a ex-sinhazinha, como uma forma de alcançar a elevação espiritual.

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Eles acreditavam que Ademar (irmão) era Jesus Cristo, Cleusimar (mãe) era Maria, e Djidja seria Maria Madalena.

De acordo com a polícia, os rituais eram realizados dentro dos salões de beleza e na residência da família. Nas redes sociais, Ademar se descrevia como uma espécie de “guru” que poderia ajudar as pessoas a “sair da Matrix”, e ir para o “plano superior” citado pelo grupo.

O caso já era investigado antes mesmo da morte de Djidja, há mais de 40 dias.

*Matéria com informações de CNN*

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