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Caso Djidja Cardoso: laudo aponta que morte da ex-sinhazinha foi causada por edema cerebral

A principal hipótese da polícia é de que a morte da ex-sinhazinha tenha relação com overdose de cetamina; resultado final da necrópsia deve sair ainda este mês

Principal linha de investigação é de que Djidja tenha morrido por overdose de Cetamina.

De acordo com o laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML), a morte da ex-sinhazinha do Boi Garantindo, Djidja Cardoso, foi causada devido a um edema cerebral, que acabou afetando o funcionamento do coração e da respiração. Djida foi encontrada morta dentro de sua casa, em Manaus, no último dia 28.

Segundo o documento, a morte foi causada por “depressão dos centros cardiorrespiratórios centrais bulbares; congestão e edema cerebral de causa indeterminada”.

Diante a situação, por alguma razão, a paciente teve um edema cerebral, o que significa um inchaço no cérebro. Asim o edema teria afetada uma parte do cérebro que controla o coração e a respiração, que parou de funcionar. As informações são do G1.

Contudo, o laudo não aponta o que teria levado Djidja ao quadro. A principal hipótese da polícia é de que a morte da ex-sinhazinha tenha relação com overdose de cetamina, substância anestésica que causa efeitos alucinógenos e tem potencial sedativo quando usado como droga recreativa.

O resultado final da necrópsia e o exame toxicológico devem ficar prontos ainda este mês.

Entenda o caso

Dilemar Cardoso Carlos da Silva, Djidja, como era conhecida, morreu aos 32 anos na casa em que vivia, no bairro Cidade Nova, em Manaus. Ela era uma das principais personagens, a Sinhazinha, do Boi Bumbá Garantido na festa de Parintins.

Outros familiares da ex-sinhazinha acusam as pessoas mais próximas a ela de praticar crimes na casa da vítima, inclusive que faziam ‘rituais’ com substâncias ilícitas. Cleomar Cardoso, tia de Djidja, acusou os indiciados de negar socorro à vítima e incentivar seu vício em drogas.

“A Djidja morreu por omissão de socorro por parte da mãe dela e da turma do Belle Femme de Manaus. A casa dela na cidade nova se tornou uma Cracolândia. Toda vez que tentávamos internar a Djidja, éramos impedidos pela mãe e pela quadrilha de alguns funcionários que fazem parte do esquema deles. A mãe dela sempre dizia pra nós não interferirmos na vida deles e que ela sabia o que estava fazendo, ficamos de mãos atadas. E está do mesmo jeito lá, todos se drogando na casa dela”, diz um trecho da publicação no Facebook de Cleomar.

Como funcionava seita?

A organização batizada de “Pai, Mãe, Vida”, criada pela família, tinha forte cunho religioso e se baseava no uso de drogas para acessar “outras dimensões”. A organização era liderada por Cleusimar e Ademar, mãe e irmão de Djidja, além de três funcionários da rede de salões da família, chamada de Belle Femme. Todos estão presos.

O nome da seita “Pai, Mãe, Vida”, aparece no perfil do Instagram de Cleusimar, onde vídeos e fotos sobre o salão era postado, mas também sua vida pessoal. O grupo defendia o uso da cetamina, droga que matou a ex-sinhazinha, como uma forma de alcançar a elevação espiritual.

Eles acreditavam que Ademar (irmão) era Jesus Cristo, Cleusimar (mãe) era Maria, e Djidja seria Maria Madalena.

De acordo com a polícia, os rituais eram realizados dentro dos salões de beleza e na residência da família. Nas redes sociais, Ademar se descrevia como uma espécie de “guru” que poderia ajudar as pessoas a “sair da Matrix”, e ir para o “plano superior” citado pelo grupo.

O caso já era investigado antes mesmo da morte de Djidja, há mais de 40 dias.

Até o momento, a polícia já prendeu cinco integrantes do grupo:

  • Ademar Farias Cardoso Neto (irmão de Djidja);
  • Cleusimar Cardoso Rodrigues (mãe de Djidja);
  • Verônica da Costa Seixas (gerente de salões de beleza Belle Femme, que pertence à família de Djidja);
  • Claudiele Santos da Silva (maquiadora do salão);
  • Marlisson Vasconcelos Dantas (maquiador do salão).

Morte de Matthew Perry, de Friends, foi causada pela droga

Efeitos agudos de cetamina foram a causa da morte do ator Matthew Perry, que interpretou o icônico Chandler Bing na sitcom americana Friends. Ele morreu no dia 28 de outubro do ano passado, aos 54 anos, em Los Angeles, nos Estados Unidos.

Casa que Matthew Perry foi encontrado morto, em Los Angeles, custou US$ 6 milhões

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