Uma quadrilha é investigada por simular uma corretora de imóveis, em Guarulhos, no estado de São Paulo, e aplicar golpes em compradores, inquilinos e donos de imóveis na região. Ao todo, 62 pessoas foram vítimas de Layla Moura Maurício, Arnon Vasques Faes e Emerson de Macedo Ferreira que foram alvos de mandados de busca e apreensão pela Polícia Civil de São Paulo e estão sendo investigados por associação criminosa voltada ao crime de falsidade ideológica e estelionato.
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Os donos da Imobiliária ‘Faes’, Layla Moura Maurício e Arnon Vasques Faes se infiltravam em condomínios como inquilinos e sondavam quais eram os imóveis que estavam vazios para venda ou para alugar. Dessa forma, eles falsificavam os documentos dos apartamentos anunciavam os imóveis.
O programa ‘Domingo Espetacular’, desse domingo (16) contou a história de três vítimas da quadrilha, Paulo César, Josinaldo do Nascimento e Jennifer Andrade Baltazar, cada um deles teve um prejuízo de R$ 40 mil, R$ 37 mil e R$ 308 mil, respectivamente. Paulo César caiu no golpe quando decidiu comprar um imóvel na mão do corretor Emerson de Macedo e deu uma entrada de R$ 20 mil, mas nunca recebeu o apartamento.
“Eu fui ver o apartamento de um amigo que comprou, gostei e pedi que o corretor me levasse ao imóvel. Ele falou não poderia porque a dona do imóvel, a Laysa, estaria no local. Dei um sinal de R$ 20 mil, o apartamento não foi entregue e o corretor e a proprietário começaram a dar desculpas.”, contou o motorista de aplicativo.
Já Josinaldo Nascimento tinha um imóvel e queria alugá-lo, para isso, ele contratou a imobiliária dos criminosos. “O primeiro e o segundo aluguel eu recebi em dia e o terceiro já começou a atrasar. Passou quase um ano nessa luta. Eu queria o meu dinheiro de volta”, explicou. Aproximadamente um ano depois das negociações ele descobriu que o imóvel havia sido vendido pela imobiliária. “Sem o meu consentimento, eu não dei autorização nenhuma para ninguém vender o meu apartamento”, esclareceu o aeroviário.
Dos três, a pessoa que teve o maior prejuízo foi Jennifer de Andrade Baltazar, ela queria alugar o apartamento dela para poder alugar outro mais perto do trabalho dela. Contudo, após dois inquilinos no local, o terceiro passou a não realizar os pagamentos em dia - o que provocou o endividamento dela. “Eu tinha que arcar com o valor do financiamento, o valor do condomínio e o valor do local onde eu estava alugando”, afirmou.
Diante dessa situação, a corretora, uma mulher que se passava por Isabela Moura, mas que na verdade era Layla Moura, sugeriu que Jennifer vendesse o apartamento para cobrir as dívidas. “Eles me pagaram um valor de tipo R$ 14 mil [pelo imóvel] e ainda descontaram R$ 9 mil da corretagem. E, no dia da assinatura do contrato, a Isabela não apareceu e o documento que ele pediu para eu assinar era a transferência de posse do imóvel. Depois disso, eles chegaram a pagar algumas prestações e depois sumiram”, contou.
Conforme a delegada que investiga o caso Áurea Albanez, a Polícia Civil investiga os envolvidos por associação criminosa voltada ao crime de falsidade ideológica e estelionato. Outras duas pessoas também estão sendo investigadas como parte da quadrilha, a esposa de Emerson de Macedo de Ferreira e uma pessoa que recebia parte do dinheiro dos golpes.