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Caso Clarinha: Polícia conclui todas as tentativas de identificar paciente misteriosa

Clarinha morreu após ficar 24 anos em coma em um hospital de Vitória (ES); corpo será entregue ao médico que cuidou dela desde 2001

Clarinha estava há 24 anos em coma no Hospital da Polícia Militar

A Polícia Civil do Espírito Santo informou, nesta quinta-feira (9), que concluiu todas as tentativas de identificar quem era a mulher que ficou por 24 anos internada em coma no Hospital da Polícia Militar, em Vitória. Clarinha, como era chamada pelos médicos, foi atropelada no Dia dos Namorados de 2000, no Centro da capital capixaba. Ela estava sem documentos e nunca foi identificada. Ela 47 anos no dia 14 de março deste ano.

Na época, o caso ganhou repercussão após ser exibido no Fantástico, da TV Globo. Mais de 100 pessoas procuraram o Ministério Público para registrar Clarinha como familiar desaparecida. No entanto, a identidade dela nunca foi reconhecida.

Depois da morte da mulher, mais 12 pessoas se apresentaram como possíveis parentes da paciente, mas novamente nenhum exame necropapiloscópico (que analisa a digital da paciente) ou de DNA testou positivo.

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Segundo a Polícia Civil, a investigação sobre a verdadeira identidade de Clarinha começou antes mesmo da sua morte. Em 2015, o material biológico da paciente foi recolhido por peritos e cadastrado no banco estadual de perfis genéticos, onde ainda permanece.

Assim, mesmo com o passar dos anos, seu perfil genético será periodicamente comparado com familiares cadastrados nos bancos de dados de todo o país, de forma automática. Os peritos também coletaram impressões digitais da paciente, que podem ser comparadas às fichas de registro de pessoas de todo o Brasil.

Com a conclusão das investigações, o corpo de Clarinha será liberado para o médico Jorge Potratz, coronel da reserva da PM que cuidou de Clarinha desde 2001, quando ela deu entrada no hospital. Ele se apresentou como responsável pela paciente. Segundo a PC, o coronel deve entrar com um processo para a autorização do sepultamento por via judicial.


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Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.