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Caso Clarinha: o que se sabe sobre a paciente não identificada que ficou em coma 24 anos e morreu em hospital

Ela estava sem documentos e nunca foi identificada; Clarinha foi atropelada no Dia dos Namorados de 2000, no Centro da capital capixaba

Clarinha estava há 24 anos em coma no Hospital da Polícia Militar

A mulher, identificada apenas como Clarinha, que estava há 24 anos em coma no Hospital da Polícia Militar do Espírito Santo morreu nessa quinta-feira (14), em Vitória, informou o hospital pelas redes sociais. Nenhum parente ou amigo a procurou durante mais de duas décadas e a identidade dela nunca foi descoberta. O caso é rodeado de mistérios, veja tudo que se sabe:

  • Clarinha foi atropelada no Dia dos Namorados de 2000, no Centro da capital capixaba. Ela estava sem documentos e nunca foi identificada;
  • Na época, ela era muito jovem e aparentava ter 18 ou 19 anos. A estimativa é que, em 2024, Clarinha tivesse entre 40 e 50 anos;
  • Segundo o coronel Jorge Potratz, que cuidava de Clarinha até então, ela não tinha problemas de saúde, a não ser o coma por causa do trauma do atropelamento;
  • O caso ganhou grande repercussão após uma reportagem no Fantástico, da TV Globo. Mais de 100 pessoas procuraram o Ministério Público para registrar Clarinha como familiar desaparecida. No entanto, a identidade dela nunca foi reconhecida;
  • O nome de Clarinha foi dado pelos médicos. “Ela constava no prontuário como não identificada e como ela era muito branquinha sugeri que a chamássemos de Clarinha, e o apelido pegou”, afirmou o coronel Jorge Potratz à Itatiaia;
  • Clarinha tinha uma marca de cesárea, o que pode ajudar a encontrar algum membro da família;
  • Segundo o G1, exames de DNA foram feitos e digitais da mulher foram colhidas pela Polícia Federal, mas não houve compatibilidade.
  • Houve uma suspeita é que ela seria uma criança desaparecida em 1976 em Guarapari, que esteve na cidade para uma viagem em família. Mas a possibilidade também foi descartada.
  • Na manhã dessa quinta (14), vomitou e broncoaspirou, o que levou a uma insuficiência respiratória. À noite, ela não resistiu e faleceu.
  • Agora, o militar e a equipe do hospital tentam realizar uma despedida digna para Clarinha. Para isso, é necessário que o coronel entre com uma ação para ser o responsável legal e conseguir realizar o enterro, após o corpo ser liberado pelo Instituto Médico-Legal. Ele contou à Itatiaia que já entrou com o processo, e o enterro deve ser na próxima semana.

    *com informações de Maria Fernanda Ramos

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Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.