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Em meio à tragédia no RS, mais de 30 pessoas são presas por invasões e saques

Todas as prisões foram feitas pela Brigada Militar desde o dia 30 de abril; a operação segue em andamento

Mais de 30 pessoas foram presas pela Brigada Militar no Rio Grande do Sul por ações de vandalismo, invasões, saques e danos ao patrimônio durante a tragédia no estado. As prisões foram realizadas desde o dia 30 de abril.

Durante a operação, sete pessoas foram presas em Porto Alegre, seis em Montenegro, quatro em Canoas, seis em São Leopoldo, seis em Novo Hamburgo, duas em Bento Gonçalves e uma em Ivoti, somando 32 pessoas.

A Brigada Militar realizou, até o momento, 18.870 pessoas e 2.871 animais. A operação segue em andamento.

O Ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal afirmou, nessa segunda (6), que houve vários barcos roubados e casas saqueadas. O ministro desprezou os atos e pediu para que a população fosse alertada. “Nessas horas as pessoas conseguem mostrar o que têm de melhor, mas também o que tem de pior… Barcos foram roubados, casas foram saqueadas. Isso é algo deplorável”, afirmou.

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Temporal no RS

As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul causaram, até as 9h desta terça-feira (7), 90 mortes. Outras quatro ainda são investigadas.

Há 132 pessoas desaparecidas e 361 feridas em todo o estado. No total, 1.367.506 pessoas foram afetadas, 48.147 estão em abrigos e 155.741 estão desalojados nos 388 municípios atingidos pela chuva.

Ao menos 649 mil clientes da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) estão sem água, enquanto mais de 450 mil estão sem energia, segundo a CEEE Equatorial e a RGE Sul. Quanto à rede telefônica e de internet, há 20 cidades sem serviços da Tim, 172 sem os da Vivo e 19 sem os da Claro.

As regiões mais afetadas pelas chuvas no RS são: Central, Vale do Rio Pardo, Metropolitana, Serra Gaúcha e Vale do Taquari. O Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública em 336 cidades. O Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, suspendeu as atividades até o dia 30 de maio.

A Marinha do Brasil enviou equipes, embarcações, aeronaves e viaturas para ajudar no resgate. A Força Aérea Brasileira enviou helicópteros para resgatar vítimas em cidades isoladas por causa das interdições nas rodovias, como Candelária, por exemplo.

Como ajudar?

Segundo as autoridades, desabrigados e desalojados que foram acolhidos pela Defesa Civil precisam não só de alimentos, como também de colchões, roupas de cama e banho e também cobertores. Quem mora na região de Porto Alegre pode contribuir presencialmente no Centro Logístico da Defesa Civil Estadual (avenida Joaquim Porto Villanova, 101, bairro Jardim Carvalho, Porto Alegre).

Além de receber doações de vários itens, as autoridades permitem a doação de qualquer tipo de valor em dinheiro. Para permitir a colaboração de pessoas de outras cidades e estados, o Governo do Estado criou uma chave Pix para receber doações. Quem quiser contribuir, pode fazer um Pix para o CNPJ 92958800000138.

Confira os itens mais necessários no momento:

  • água potável (item mais necessário no momento)
  • cobertores
  • colchões
  • roupa de cama
  • toalhas de banho
  • kits de higiene pessoal
  • kits de limpeza
  • kits de alimentos
  • ração animal
  • fralda infantil e geriátrica

O órgão pontua a importância que os kits já venham organizados e prontos, para a distribuição acontecer de maneira mais ágil.

Jornalista formada pela PUC Minas. Mineira, apaixonada por esportes, música e entretenimento. Antes da Itatiaia, passou pelo portal R7, da Record.
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