O Chevrolet Omega CD Irmscher 1994, o primeiro carro leiloado pelo programa “Chevrolet Vintage”, foi arrematado no último sábado (6) por expressivos R$ 437.500 após receber mais de 80 lances durante o pregão realizado em formato híbrido em parceria com o museu CARDE, em Campos do Jordão-SP. O leilão contou também com lotes com veículos clássicos da coleção Dreams in Motion, dos irmãos Haberfled.
De acordo com a General Motors, todo o valor arrecadado com a venda do Omega será doado ao Instituto GM, que realiza projetos sociais. O arrematante ainda poderá testar o carro no Campo de Provas de Cruz Alta, em Indaiatuba, no interior de São Paulo.
O “Chevrolet Vintage” foi criado como parte das celebrações dos cem anos da General Motors no Brasil. O programa resgata modelos da marca que marcaram época no país, realizando a restauração estética, com aprovação da engenharia da GM, e passando por validação dinâmica no Campo de Provas de Cruz Alta, garantindo autenticidade e padrão de fábrica.
Detalhe do painel digital do Chevrolet Omega CD Irmscher
Durante os trabalhos de restauração são utilizados antigos catálogos, manuais de produção e serviços. As oficinas Batistinha, Fullpower e Z28, com o acompanhamento de engenheiros da GM, foram responsáveis pelo processo de restauração dos dez primeiros carros do programa.
Como é o Chevrolet Omega CD Irmscher 1994
Lançado nos anos 1990, o Chevrolet Omega consolidou-se como o sedã nacional mais luxuoso de sua época. O exemplar restaurado pelo programa Vintage é ainda mais especial: equipado com o raro kit Irmscher, que eleva a cilindrada do motor de 3,0 para 3,6 litros, o modelo passa a se alinhar em desempenho aos topos de linha de seu período. Para isso, toda a mecânica foi reconstruída.
O objetivo da restauração foi devolver ao veículo o aspecto de “zero quilômetro”, seguindo rigorosamente os padrões originais de fábrica e preservando o máximo possível das peças autênticas. Cada componente passou por inspeção individual: elementos em bom estado foram higienizados e revitalizados; faróis, lanternas e acabamentos foram desmontados e recuperados; tudo o que não atendia ao padrão foi substituído por peças originais, garimpadas uma a uma.
Mesmo tendo rodado pouco — o carro pertenceu a um alto executivo do setor financeiro — o Omega foi completamente desmontado, para garantir a fidelidade histórica do processo. A carroceria foi decapada e repintada seguindo os padrões aplicados na produção da fábrica de São Caetano do Sul-SP.
O interior recebeu o mesmo nível de cuidado. O painel digital foi revisado e os bancos de veludo restaurados por um fornecedor homologado, que refez o tecido de 1994 de maneira idêntica ao original — incluindo o característico “cheiro de carro novo”, capaz de reforçar a nostalgia de uma das eras mais marcantes do automóvel nacional.