Para se diferenciar da concorrência, muitas montadoras investem em equipamentos que, em um primeiro momento parecem inovadores, mas depois de um tempo ficam esquecidos até mesmo por quem comprou um carro pensando em usá-los.
Quer alguns exemplos de equipamentos de carros que ninguém usa? Vamos listar alguns deles.
Assistente de estacionamento
O assistente de estacionamento (ou park assist) é aquele sistema que faz baliza automaticamente e, em alguns casos, também estaciona o carro em vagas paralelas automaticamente. Na teoria é muito prático, mas, no uso cotidiano, acionar o sistema, esperar que ele meça uma vaga adequada ao tamanho do carro - em velocidade baixa -, e iniciar a manobra em sim tornam bem complicada a execução sem tomar muita buzianda e xingamento de quem está atrás.
A Chevrolet “popularizou” o assistente de estacionamento ao equipar o compacto Onix com ele - vendendo como Easy Park. VW T-Cross e Jeep Compass são outros exemplos de modelos com o acessório
Sistema precisa que o motorista ande devagar para identificar possível vaga
Algumas montadoras estão evoluindo o assistente de estacionamento de modo que o motorista só precisa mudar a marcha para ir para frente ou parta trás, mas de maneira geral, o motorista, seguindo o comando do carro por meio de mensagens no painel, deve, além de cambiar, acelerar e frear.
No fim das contas, o assistente de estacionamento promete facilidades, mas entrega dificuldades, por isso ele está na lista de equipamentos esquecidos.
Teto solar
Teto solar: sol e calor criam desconforto para ocupantes
O teto solar é um equipamento de carro polêmico, já que é um dos queridinhos dos brasileiros, mas, mesmo assim, depois que a empolgação passa, eles só servem para ser mais um item de manutenção (às vezes, complicada).
Supostamente vendido para que o motorista e os passageiros possam aproveitar os dias ensolarados, na prática, o teto solar faz com que todos fiquem diretamente expostos ao calor do sol. Divertido nos primeiros minutos de exposição, mas logo alguém vai pedir para fechá-lo.
Bancos com aquecimento
Quando você fala que banco com aquecimento é inútil, logo aparce alguém que mora lá na fronteira do Brasil com o Uruguai falar que usa no inverno. Mas no universo de motoristas no Brasil, a maioria passa o ano lutando contra o calor - neste caso, um banco com resfriamento é útil.
Mas por que alguns carros fabricados no Brasil tem esse sistema? Porque alguns projetos são desenvolvidos para também serem vendidos em outros mercados, como a Rússia, então já dá para imaginar que lá eles deve ser apreciados.
Você já usou algum carro com bancos com aquecimento?
Uma curiosidade: a BMW cogitou cobrar uma espécie de assinatura para que os donos de seus carros com bancos aquecidos pudesem usar o equipamento, mas a repercussão negativa fez com que a montadora alemã desistisse da ideia
Controle de cruzeiro adaptativo
O controle de cruzeiro adaptativo (ACC) está quase na mesma categoria que os bancos aquecidos, mas é capaz de atender um universo maior de motoristas: aqueles que utilizam rodovias de qualidade, como as que cortam o estado de São Paulo.
ACC não funciona bem no trânsito das cidades brasileiras
Para o restante, utilizar o ACC é passar raiva no trânsito brasileiro onde os carros ficam fazendo zigue-zague, motociclistas entram na frente do carro de repente e, mesmo configurado para manter distância mínima, o automóvel com o equipamento ativado frea a toda hora entendendo que pode acontecer uma colisão a qualquer momento.
Multimídia com tela rotativa
Oferecida como um grande atrativo, principalmente pela BYD, a tela de multmídia rotativa é um equipamento de carro que impressiona o comprador que, depois mostra para o vizinho e familiares, mas depois percebe que ela não tem função prática nenhuma.
Algumas ainda têm a função karaokê. Você tem certeza de que quer um desses no seu carro?
Karaokê no carro é uma boa ideia?
