Na reportagem especial no Café com Notícia, que pode ser ouvida
Já a perda aparente é diferente: a água não é efetivamente desperdiçada, mas utilizada sem registro, geralmente por meio de ligações clandestinas ou adulteração de hidrômetros. Como o consumo não é medido, não há como contabilizar o volume.
Segundo Cibele Câmara, engenheira civil-sanitarista e analista de saneamento da Copasa, o roubo de água acontece, muitas vezes, em redes clandestinas difíceis de identificar.
“No trabalho de renovação da estrutura de envio de água, temos encontrado muitas redes completamente ilegais. Ao abrir o passeio para substituir o ramal, às vezes encontramos uma tubulação desconhecida. Cortamos, tapamos e deixamos inativa. O mais comum no furto, no entanto, é a alteração do hidrômetro”, explica.
A reportagem também destaca que, no campo, o agricultor contribui para a “produção” de água, enquanto nas cidades a distribuição feita pelas companhias é a única forma de acesso. A qualidade da água é garantida, como lembra Renata De Paoli, especialista em queijos e marketing de alimentos:
“Quem tem acesso à água da Copasa já conta naturalmente com um recurso potável que atende aos requisitos de segurança.”
Mesmo com toda a estrutura para captar, tratar e distribuir, preservar a água é um desafio diário que depende também da consciência de cada cidadão.
A série “Água, alimento do mundo” encerra nesta sexta-feira (15), destacando a importância de garantir água de qualidade igual para todos os povos — de um país chamado Brasil para um futuro chamado Esperança.