A segunda estimativa para a
Já a produtividade média nacional está projetada em 4.203 quilos por hectare. Contudo, a Conab segue atenta às condições climáticas regiões produtoras e acompanha eventos adversos como o
Soja e milho
Para a
Segundo o Progresso de Safra da estatal, o plantio da oleaginosa no atual ciclo segue dentro da média dos últimos cinco anos, mas está atrasado em relação ao período anterior, com destaque para Goiás e Minas Gerais. Nesses dois estados, não foram registrados índices de chuva satisfatórios para o avanço da semeadura.
Em Mato Grosso, o plantio segue em ritmo semelhante ao registrado na última safra. No entanto, devido à instabilidade climática observada em outubro, a implantação da cultura não foi feita em condições consideradas ideais, e algumas áreas sofreram os efeitos do déficit hídrico.
No caso do
As baixas temperaturas registradas durante determinados períodos em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul retardaram a emergência e o desenvolvimento inicial da cultura, mas ainda não interferiram no potencial produtivo. Além disso, algumas lavouras sofreram impactos negativos em decorrência das intensas precipitações, fortes ventos e do granizo ocorridos no início de novembro, no Paraná, após os levantamentos realizados em campo. Os possíveis impactos decorrentes desses eventos meteorológicos ainda estão sendo avaliados pela Conab.
Arroz, feijão e culturas de inverno
No caso do arroz, a estimativa da Conab é de uma produção de 11,3 milhões de toneladas na atual temporada, redução de 11,5% em relação à safra anterior, influenciada pela menor área cultivada.
No Rio Grande do Sul, principal estado produtor do grão, a semeadura alcança mais de 78% do previsto, apesar de, em algumas áreas, ter ocorrido atraso na operação devido aos volumes de chuva que impediram a entrada de maquinário no campo. De modo geral, as lavouras têm se desenvolvido de forma satisfatória.
Para o
Dentre as culturas de inverno, a safra 2025 ainda está em fase de colheita. A produção de trigo, principal produto semeado entre as culturas de inverno, está estimada em 7,7 milhões de toneladas. De modo geral, observa-se que, nas principais regiões produtoras, as condições climáticas foram favoráveis ao desenvolvimento da cultura.
A redução dos investimentos em insumos, especialmente fertilizantes e defensivos, tornou as lavouras mais suscetíveis a doenças e limitou o pleno aproveitamento do potencial produtivo, resultando em espigas menores e com menos grãos. Vale destacar que, no Paraná, as chuvas intensas registradas no início de novembro podem influenciar as lavouras que ainda permanecem em campo.
Mercado
Neste levantamento, a Conab prevê que cerca de 94,6 milhões de toneladas de milho deverão ser consumidas internamente na safra 2025/26. Isso representa um aumento de 4,5% em relação ao ciclo anterior, impulsionado principalmente pela maior demanda do cereal para produção de etanol.
As exportações também devem avançar e podem chegar a 46,5 milhões de toneladas, apoiadas na manutenção do bom excedente produtivo. Mesmo com esses incrementos, a perspectiva é de que os estoques de passagem ao final da safra 2025/26 permaneçam próximos da estabilidade.
Quanto à soja em grãos, com a previsão de redução nas exportações dos Estados Unidos, o aumento da demanda global e a expectativa de uma maior produção brasileira, estima-se um crescimento expressivo nas exportações do país, que podem atingir 112,1 milhões de toneladas na temporada 2025/26, um aumento de 5,11% em relação à safra anterior.
Além disso, a expectativa de elevação na mistura obrigatória de biodiesel ao diesel, juntamente com a crescente demanda por proteína vegetal, sugere que o volume de soja destinado ao esmagamento poderá atingir 59,37 milhões de toneladas em 2026. Esse volume representa um aumento de 1,37% em relação ao ano anterior.