O vice-presidente, Geraldo Alckmin reuniu empresários e associações do agronegócio brasileiro, um dos principais responsáveis pelas exportações do país, para discutir a resposta brasileira a
A medida norte-americana, do tarifaço sobre todos os produtos brasileiros exportados para o EUA, começa a valer no dia 1° de agosto.
Em coletiva de imprensa, após a segunda reunião de Alckmin, o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), Roberto Perosa, comentou sobre a preocupação do setor de carne.
A carne brasileira já é taxada em 36%, a taxa já é alta e esses 50% adicionais seriam praticamente inviáveis para a exportação.
“Nossos frigoríficos já estão parando de produzir carne destinada aos Estados Unidos, haja vista a incerteza da taxação. Com essa taxação se torna inviável a exportação de carne bovina aos Estados Unidos, que é o nosso segundo maior comprador, primeiro lugar a China, segundo os Estados Unidos”, disse Perosa.
Além disso, Perosa pontuou a preocupação com uma carga de 30 mil toneladas que já está a caminho e que corre o risco de ser taxada. O volume gira em torno de US$ 160 milhões.
“Estamos negociando com os importadores nos Estados Unidos e estamos também apoiando as negociações do governo federal, haja vista o trabalho de abertura de mercados que o ministro Fávaro tem feito com muito êxito”, disse Perosa que defende uma negociação imediata para a prorrogação do início da taxação.
Prejuízo aos EUA?
O presidente da ABIEC, afirma que o Brasil complementa a produção norte-americana.
“O produtor americano está no seu menor ciclo pecuário nos últimos 80 anos e o Brasil exporta praticamente o que é utilizado na indústria americana para fazer hambúrguer, ou seja, recortes do dianteiro do boi, carnes não tão consumidas no Brasil, mas que têm importância econômica para os Estados Unidos”, afirma Perosa sobre mais um ponto de relevância a ser tratado na negociação com os EUA