Nesta quinta-feira (20) a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgou os resultados da Análise Mensal da Cesta Básica de Alimentos. O estudo mostrou que o custo para os brasileiros dos alimentos básicos diminuiu em 15 capitais e aumentou em outras 12.
Segundo a pesquisa, a queda foi puxada pelo menor preço do
A participação da Conab na pesquisa é resultado da parceria entre as instituições e possibilita ao Dieese ampliar a coleta de preços de alimentos básicos de 17 para 27 capitais brasileiras. Agora, em Boa Vista (RR), Cuiabá (MT), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Palmas (TO), Rio Branco (AC), São Luís (MA), Teresina (PI) e Porto Velho (RO) os preços da cesta básica de alimentos passam a ser monitorados, cobrindo, assim, todo o território nacional.
O acompanhamento dos preços da
Ampliação dos produtos da cesta básica
De acordo com o diretor de Política Agrícola e Informações da Companhia, Silvio Porto, essa parceria é um primeiro passo para a implementação do Decreto 11.936 de 2024, que institui a composição da nova cesta básica de alimentos. “Nós estamos com uma grande expectativa que até outubro tenhamos a nova cesta básica definida, porque esperamos que a partir de janeiro nós já possamos fazer esse levantamento com mais alimentos monitorados, saindo de 12 ou 13 para 35 produtos, incluindo 5 produtos ultraprocessados que a gente quer acompanhar como uma forma de comparação, de marcador”, detalhou Porto.
A secretária Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Lilian Rahal, enfatizou que o avanço do monitoramento dos preços é um passo importante na promoção da alimentação saudável da população brasileira. “Nós temos um caminho. Daqui há pouco a gente avança um pouco mais para que nós possamos dialogar de forma mais efetiva com a nova cesta básica, refletindo essa oportunidade de podermos contemplar a diversidade de alimentos consumidos nas diferentes regiões e avançarmos ainda mais na realização do direito humano à alimentação adequada”, salientou.
Neste primeiro ano, o investimento pela parceria é de R$2,5 milhões, que permite a ampliação do escopo do monitoramento feito pelo Dieese, ao mesmo tempo que possibilita à Conab uma análise agregada do custo da cesta básica em sua totalidade. O contrato tem validade até março de 2026, podendo ser prorrogado conforme as diretrizes do Regulamento de Licitações e Contratos da Conab (RLC).
A parceria entre a Conab e o DIEESE, ambas instituições com expertise na produção de conhecimento e credibilidade no compartilhamento de inteligência sobre abastecimento e alimentação no Brasil, é um marco histórico para a inclusão de 10 unidades federativas que estavam fora do radar do levantamento, o qual agora passa a cobrir todo o território nacional.