Produtores rurais de Minas Gerais estão mais interessados em irrigar suas lavouras desde que que o governador Romeu Zema assinou, em julho deste ano, o
Segundo a Secretaria de Agricultura (Seapa), o 2º Seminário Mineiro de Irrigação, realizado em agosto em Montes Claros teve recorde de participações. O evento da Faemg em parceria com a Seapa atraiu quase mil participantes que lotaram o auditório do Parque João Alencar Athayde.
A assessora-chefe do Núcleo de Gestão Ambiental da Seapa, Ariel Chaves, afirma que o novo decreto é um marco para o agro mineiro e atende, principalmente, os anseios dos
Com o decreto, a principal mudança é a flexibilização de exigências que dificultavam o acesso de pequenos produtores a tecnologias como pivôs, sistema de irrigação por gotejamento e captação de água por meio de poços artesianos.
Produtores no Norte de Minas
As mudanças atraíram Ivore Frans, Josimar de Almeida, Edmilson dos Santos e Luiz Felipe dos Santos, pecuaristas de Icaraí de Minas, no Norte do Estado, a participarem do Seminário. “Irrigar é um sonho de muitos produtores. Com acesso à água, daremos um salto de produtividade”, acredita Ivore.
Pecuaristas de Icaraí de Minas
Com 12 mil habitantes, Icaraí de Minas reúne 450 pecuaristas de leite e duas cooperativas. Grandes empresas, como a Nestlé, captam leite no município. Uma das cooperativas, a Cooperleite, recolhe cerca de 12 mil litros de leite por dia.
“Já chegamos a 1,2 milhão de litros por mês. Nos últimos três anos, tivemos uma queda de cerca de 40% por causa da falta de chuvas. A seca resulta em menos pasto para as vacas, que passam a produzir menos e têm menor taxa de prenhez”, explica Josimar, diretor da Cooperleite.
Também produtor de leite há 20 anos, ele conta que “ouviu falar” da nova lei quando foi convidado a participar do Seminário. “Me esforcei pra ir porque queria entender essas possibilidades que estão se abrindo pra nós. Estou otimista com a proposta do Governo de Minas e quero estruturar a irrigação na minha propriedade”, falou.
A tecnologia em Icaraí de Minas vai ajudar, principalmente, no desenvolvimento das lavouras de
Como conseguir?
A partir de agora o produtor ele tem a possibilidade de conseguir uma declaração de utilidade pública. “Isso não existia até com a publicação da lei no ano passado e o decreto ele trouxe os procedimentos para que o produtor consiga essa declaração. É, o decreto vai detalhar quais são os estudos que ele tem que apresentar, quais os documentos que ele tem que apresentar e como a análise do processo dele vai ser feita”, explica a chefe do Núcleo de Gestão Ambiental da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa-MG), Ariel Chaves.
“A análise é submetida ao nosso Seapa, que é o Conselho Estadual de Política Agrícola e o conselho vai determinar se aquela obra é considerada de utilidade pública ou não, além da análise das questões ambientais são feitas na SEMAD, para ele conseguir uma autorização para intervenção e supressão”, afirma Chaves.
Segundo Ariel, de uma forma geral, o grande público beneficiado são os pequenos e médios produtores, já que o grande produtor tem acesso às tecnologias. “O decreto vai apoiar nesse sentido de que permitir que o pequeno e o médio produtor, eles tenham acesso a essas tecnologias”, conclui.
*Com informações da Seapa