A presidente da Associação Central dos Fruticultores do Norte de Minas, Nilde Lage, disse ontem à Itatiaia que irá “aproveitar” a prioridade dada pelo convênio firmado entre a Emater-MG e a Faemg para ampliar a assistência técnica no Estado, para lutar pela certificação dos pequenos produtores.
“Estou muito feliz com essa iniciativa e com o reconhecimento da necessidade de um olhar mais cuidadoso para a Jaíba. Para se certificar ou para ter o Certifica Minas - que é um programa do governo do estado - os agricultores familiares precisam cumprir todas as conformidades exigidas pela lei. Creio que a assistência técnica e gerencial poderá ajudar nesse sentido, orientando a respeito dos investimentos e adequações necessárias nos diferentes modelos de produção”.
Nilde disse ainda à Itatiaia que já está em contato com a Secretaria de Estado da Agricultura para solicitar, formalmente a inclusão de orientações para aqueles que quiserem se certificar. Na avaliação dela, o documento é fundamental por representar a garantia da adoção de “boas práticas de fabricação”, atestar a origem dos produtos, agregar valor e abrir portas para novas possibilidades comerciais, inclusive no exterior.
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A região é, hoje, uma das principais exportadoras de banana do país com produção de 334 mil toneladas por ano. Outras frutas de destaque são: limão, manga e mamão.
De acordo com a ABANORTE, a fruticultura da região do Jaíba exporta 40% da produção de limão, 10% da produção de manga e 1% da produção de bananas e mamão do país. Além disso, gera 80 mil empregos, diretos e indiretos.
Potencial Subutilizado
No dia do lançamento da parceria, na sede da Faemg, o secretário de agricultura de Minas, Thales Fernandes disse que o Projeto Jaíba é estratégico para o Governo do Estado e, hoje, está subutilizado por não utilizar todo o potencial de irrigação que pode ser feito por lá. Nós enxergamos que, com a ampliação da assistência técnica, vamos começar a consertar isso.