Foco na semeadura segura preços do milho no Brasil apesar de pressão externa

Exportações aceleram e plantio de verão avança, enquanto mercado global recua

Embarques ganharam ritmo em novembro

A retração de vendedores, que seguem voltados para a semeadura da safra de verão, mantém as cotações do milho firmes na maioria das regiões monitoradas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A demanda doméstica continua pontual, com negociações ocorrendo conforme a necessidade de recomposição dos estoques pelas compradoras.

No mercado internacional, porém, o movimento é diferente: os preços recuaram diante das projeções de maior produção mundial entre 2024/25 e 2025/26. A pressão nas baixas, contudo, foi parcialmente limitada pela forte procura pelo milho norte-americano.

Do lado brasileiro, os embarques ganharam ritmo em novembro. Dados da Secex mostram que a média diária exportada está 7,6% acima do registrado em novembro do ano passado. Em apenas dez dias úteis, o Brasil já embarcou 2,67 milhões de toneladas de milho. Caso o atual ritmo seja mantido até o encerramento deste mês, as exportações brasileiras de milho podem somar 5 milhões de toneladas.

No campo, a semeadura da safra de verão vem apresentando bom desenvolvimento nas principais regiões produtoras do país. Segundo a Conab, até 15 de novembro, 52,6% da área da safra de verão havia sido semeada no Brasil, avanço semanal de 4,9 p.p., mas leve atraso de 0,4 p.p. frente à média dos últimos cinco anos.

Leia também

*Giulia Di Napoli colabora com reportagens para o portal da Itatiaia. Jornalista graduada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

Ouvindo...