Entre os dias 20 e 23 de novembro, foi realizada a
A
Antes de a jabuticaba chegar às mesas ou ser celebrada no festival de Sabará, os produtores contam com a assistência técnica da Emater, que desenvolve ações para fomentar a cadeia produtiva. “Realizamos cursos de poda e adubação, prestamos assistência técnica para as mulheres que fazem derivados de jabuticaba, além de fazermos a ponte com a política pública de legalização sanitária”, explicou Silvia Carolina Maia, extensionista de Bem-estar Social da Emater, em Sabará.
Cabe à Emater organizar, também, os produtores de venda in natura no festival. No pré-festival, a empresa está à frente, ainda, do Concurso de Derivados de Jabuticaba, que neste ano foi realizado em outubro, quando um corpo de jurados renomado elegeu os melhores produtos.
Selo de Indicação Geográfica
A Asprodejas é formada por 27 produtoras responsáveis pela fabricação de 100 itens diferentes de derivados da jabuticaba. Neste ano, o festival celebrou a obtenção do Selo de Indicação Geográfica, que confere valor agregado ao produto e fortalece sua credibilidade tanto no mercado interno quanto em oportunidades de exportação.
Sílvia Maia destaca a importância da produção para a economia da cidade. “O festival recebe 100 mil pessoas por dia. Já contabilizamos a venda de seis toneladas de jabuticaba em uma das festas. Não existe plantio comercial. São vários pomares domésticos e algumas propriedades maiores, por isso não temos números sobre a produção”, explicou.
O superintendente de Inovação e Economia Agropecuária da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Feliciano Nogueira de Oliveira, destacou que a jabuticaba, tradicionalmente cultivada por agricultores familiares, em pomares domésticos, chácaras e pequenos sítios, vem ganhando maior importância comercial.
“Ainda não temos grandes cultivos em áreas comerciais, mas dada a sua importância cultural e gastronômica, a produção tem se consolidado no mercado, chegando a restaurantes, em pratos elaborados da gastronomia mineira, nas lanchonetes e sendo utilizada em produtos como sucos e sorvetes”, afirmou. Segundo ele, a fruta é típica das regiões Sul, Sudeste e Centro do país, com maior prevalência nas áreas de bioma de Mata Atlântica.