Mercado do boi gordo ganha ‘fôlego’ com fim do tarifaço nos EUA

No início desta semana, a arroba, que havia indicado leve recuo, retomou a força

Retomada das exportações para os EUA deve reforçar as vendas externas e sustentar os preços da arroba em dezembro

O mercado físico do boi gordo manteve-se estável na última sexta-feira (21) pós-feriado, marcado por poucos negócios e parte dos compradores fora das negociações. As referências de preços permaneceram inalteradas, apesar da oferta limitada em estados importantes como Goiás, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Pará.

No entanto, o setor foi positivamente impactado no início desta semana. A arroba, que havia indicado leve recuo, retomou a força após o anúncio da retirada das tarifas dos Estados Unidos (EUA) sobre a carne bovina brasileira. A medida, comunicada durante o feriado da Consciência Negra (20 de novembro), elevou o otimismo e impulsionou os contratos futuros da B3 em mais de 2%.

A retomada das exportações para os EUA deve reforçar as vendas externas e sustentar os preços da arroba em dezembro.

Cenário interno e China

Nesta terça-feira (25), a arroba em São Paulo permaneceu em R$322,50, com a média das demais regiões em R$ 306,10, sem alterações nas dezessete praças acompanhadas.

Já as escalas de abate seguem curtas, a cerca de sete dias na média nacional.

Paralelamente, a China prorrogou por trinta dias - até 26 de janeiro - a conclusão das investigações sobre salvaguardas, aliviando a pressão decorrente da menor demanda chinesa.

Apesar do avanço de sexta-feira (21), na segunda-feira (24) o contrato com vencimento em janeiro de 2026 na B3 encerrou o pregão em R$ 324,70 por arroba, com queda de 1,98% na comparação diária.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde

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