Carne bovina brasileira ganha comprador inédito e soma 500 mercados desde 2023

Entrada no mercado guatemalteco cria novas oportunidades em uma região estratégica, com potencial de expansão para cortes congelados

Até outubro, as exportações brasileiras de carne bovina já superaram US$ 14 bilhões

O governo brasileiro anunciou na noite desta terça-feira (9) a autorização para que o país exporte carne bovina e seus produtos a Guatemala. Com este anúncio, o agronegócio brasileiro atinge a marca de 500 novas oportunidades de comércio abertas desde o início de 2023.

“Em 2023, o presidente Lula colocou como meta abrirmos 200 novos mercados e restabelecermos boas relações diplomáticas. E agora, três anos depois, chegamos a 500. Isso mostra o esforço de toda uma equipe e a confiança que os países têm no padrão sanitário brasileiro”. O Ministro ressaltou ainda os benefícios da expansão: “Cada abertura traz mais renda para o campo, mais oportunidade para quem produz e mais reconhecimento para os nossos produtos. E tudo isso mantendo o abastecimento do mercado interno, que consome cerca de 70% do que produzimos”, celebrou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Potencial de mercado e desempenho setorial

A Guatemala, com uma população de cerca de 18 milhões de habitantes, é um mercado crescente. Entre janeiro e outubro de 2025, o país importou mais de US$ 192 milhões em produtos agropecuários brasileiros, com cereais sendo o principal item.

A abertura para a carne bovina ocorre em um momento de forte desempenho do setor no Brasil, que é o maior exportador mundial.

Em 2024, o Brasil embarcou 2,8 milhões de toneladas, gerando mais de US$ 12 bilhões. Já em 2025, o ritmo segue acelerado: até outubro, as exportações brasileiras de carne bovina já superaram US$ 14 bilhões.

A Guatemala importou US$ 155,6 milhões em carne bovina no último ano, volume que representa cerca de 8,6% do seu consumo interno e um crescimento de 122% em relação a anos anteriores.

A entrada no mercado guatemalteco cria novas oportunidades em uma região estratégica, com potencial de expansão para cortes congelados, que representam mais de 70% das importações do produto no país. Para a Guatemala, a chegada da proteína brasileira contribui para a segurança alimentar, garantindo maior estabilidade de oferta.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde

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