A bovinocultura paranaense apresentou crescimento, tanto na produção de leite quanto de carne. Já a agricultura está sofrendo com as
Os dados fazem parte da análise dos resultados preliminares do Valor Bruto de Produção (VBP), feito pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab).
De acordo com o médico veterinário do Deral Thiago de Marchi da Silva, o aumento do VBP na bovinocultura está diretamente ligado ao aumento nas cotações. “Isso se dá por conta principalmente do aumento nas cotações, tanto a arroba bovina, que em 2024 passou o ano num patamar mais elevado do que em 2023, quanto o leite, que apesar de uma alta menos expressiva do que a carne, ainda sim contribuiu também com esse aumento de aproximadamente três centavos por litro de leite posto na indústria” destaca.
A bovinocultura de corte se destacou com um aumento de 16% no VBP de 2024 em relação a 2023. No ano passado a produção gerou uma receita de R$ 6,9 bilhões, quando em 2023 foram R$ 5,9 bilhões. Na questão da produção de carne, o Paraná apresentou uma recuperação em 2024, abatendo 1,8 milhão de cabeças, quando em 2023 foram 1,6 milhão, um aumento de 13%.
O VBP da bovinocultura de leite aumentou de R$ 11,3 bilhões em 2023 para R$ 12 bilhões em 2024, um aumento de 6%. Se tratando de produção, o aumento foi proporcional aos 3% de VBP, saindo de 4,45 bilhões de litros em 2023, para 4,62 bilhões de litros no ano passado.
Produção de mel
O Paraná fechou a 2024 em quarto lugar no ranking brasileiro de exportação de
Já nos primeiros cinco meses de 2025 o Paraná segue na terceira posição do ranking nacional, com uma produção de 2.870 toneladas, que resultou em uma receita cambial de US$ 9,313. Um aumento de 148,7% em volume e 229,3% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Geadas atrapalham agricultura
As geadas da semana passada causaram uma piora nas condições do campo da segunda safra de milho. Na semana passada as lavouras apresentavam 71% em condições boas, já nesta semana esse número diminuiu para 68%. Em condição mediana, o número permaneceu em 18%. Já em condição ruim passaram de 11% para 14%. Nesta semana,76% das lavouras atingiram a fase de maturação, possivelmente as colocando fora de risco em relação a futuras geadas. 26% se encontra na fase de frutificação, mais suscetíveis a novas geadas.
O trigo também apresentou uma piora nas lavouras desencadeada pelas geadas. A área plantada que se encontrava 99% em condições boas e 1% médias na semana passada, passou para 84% boas, 9% médias e 7% em condições ruins. O total dos prejuízos ainda é incerto, uma vez que só poderá ser calculado quando as lavouras alcançarem a fase de frutificação. Nesta primeira quinzena de julho não há previsão de geada com potencial de danos ao trigo nos próximos dias.
Já os preços de algumas das principais olerícolas comercializadas nas Ceasas de Curitiba passaram por oscilações desde o início da semana passada por conta da ocorrência das geadas. Neste período, sete dos dezessete produtos analisados apresentaram alta, oito se mantiveram com preços estáveis e dois tiveram baixas.
Os mais afetados neste cenário foram a alface, o chuchu e a couve-flor, que diminuíram a oferta. Por outro lado, a batata salsa e a cebola apresentaram queda nos preços por conta do abastecimento completo destes produtos nos mercados.