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Azerbaijão libera importação de carnes do Brasil e beneficia setor de aves e suínos

Medida representa uma significativa expansão do acesso a um mercado estratégico na região do Cáucaso

Produtos cárneos termoprocessados de aves, bovinos, caprinos, ovinos e suínos do Brasil

O governo brasileiro anunciou a abertura do mercado do Azerbaijão para produtos cárneos termoprocessados de aves, bovinos, caprinos, ovinos e suínos do Brasil. A conquista veio após as autoridades sanitárias autorizarem a exportação.

A medida representa uma significativa expansão do acesso a um mercado estratégico na região do Cáucaso.

O Azerbaijão, que possui cerca de 10,2 milhões de habitantes, tem se tornado um parceiro comercial crescente. Em 2024, as exportações brasileiras para lá superaram os US$ 21 milhões, com destaque para carnes, produtos florestais e outros produtos de origem animal.

Com este novo avanço, o agronegócio brasileiro atinge a marca de 442 aberturas de mercado desde o início de 2023, espalhadas por 72 destinos em todo o mundo. A inclusão desses cinco tipos de carne processada reforça a posição do Brasil como um dos principais fornecedores globais de alimentos.

Impulsiona setor de aves e suínos

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o consumo per capita de carne de frango no Azerbaijão gira em torno de 15 quilos por habitante, com 141 mil toneladas consumidas internamente (dados de 2021), com projeções que indicam a possibilidade de alcançar até 152 mil toneladas em 2026. No último ano, as importações de carne de frango pelo país chegaram a 41,9 mil toneladas – volume 46% superior ao registrado em 2023 –, com origem majoritária na Ucrânia e na Rússia.

O Brasil já registrou fluxos significativos de exportação de carne de frango ao Azerbaijão, encerrados em 2019 e retomados de forma pontual em 2024. No caso da carne suína, apesar do baixo consumo no país, os embarques brasileiros responderam pela maior parte dos volumes importados nos últimos anos.

“Com a abertura para os termoprocessados, o setor produtivo projeta a retomada gradual da presença brasileira no mercado, com produtos alinhados às exigências locais e à crescente demanda da população”, disse a ABPA em nota.

De acordo com o presidente da ABPA, Ricardo Santin, a abertura amplia as perspectivas de acesso ao mercado azeri. “O Brasil é reconhecido mundialmente pela qualidade e segurança de seus produtos, que atendem aos mais rigorosos padrões internacionais. A nova abertura reforça, desta forma, nossa posição como parceiro estratégico do Azerbaijão, em um momento de crescimento consistente da demanda local ”, destacou Santin.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde