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Alívio no bolso: preço do ovo despenca para o menor nível desde janeiro

Vendas da proteína estiveram mais lentas a partir da segunda quinzena de setembro, aumentando os estoques nas granjas

Movimento repete, em parte, o observado no ano passado

Os preços dos ovos voltaram a cair em setembro, para os menores patamares desde janeiro em diversas regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Segundo o Centro de Pesquisas, as vendas da proteína estiveram mais lentas a partir da segunda quinzena deste mês, aumentando os estoques nas granjas. Pesquisadores ressaltam que esse desempenho acende um alerta para o setor, já que as cotações vêm recuando no mercado doméstico desde abril – com exceção de agosto (com o fim das férias escolares, a demanda se aqueceu e elevou os preços).

O movimento repete, em parte, o observado no ano passado, quando os valores caíram por seis meses consecutivos, de abril a setembro, pressionados pela maior oferta interna. Neste ano, no entanto, as exportações contribuíram para reduzir a intensidade das quedas em relação ao mesmo período de 2024.

Exportações

As exportações brasileiras de ovos - incluindo produtos in natura e processados -totalizaram 2.129 toneladas em agosto, segundo levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O volume é 71,9% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado, quando foram embarcadas 1.239 toneladas.

As exportações acumuladas entre janeiro e agosto alcançaram 32.303 toneladas, número 192,2% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando foram 11.057 toneladas. A receita no acumulado do ano atingiu US$ 75,295 milhões, incremento de 214,5% em relação aos US$ 23,943 milhões obtidos no mesmo intervalo de 2024.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde